ATA DA SEPTUAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM
29-9-2003.
Aos vinte e nove dias do mês de setembro de dois mil
e três, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, sendo
respondida pelos Vereadores Carlos Alberto Garcia, Clênia Maranhão, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Maristela Maffei, Raul Carrion e Zé Valdir. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto
Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Dr.
Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, Luiz Braz,
Marcelo Danéris, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Renato Guimarães, Sebastião
Melo, Valdir Caetano e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, o
Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em
avulsos de cópias das Atas da Qüinquagésima Nona e Sexagésima Sessões
Ordinárias que, juntamente com a Ata da Vigésima Quarta Sessão Solene, foram
aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Beto Moesch, o Projeto de
Resolução nº 088/03 (Processo nº 5209/03); pelo Vereador Cassiá Carpes, a
Indicação nº 036/03 (Processo nº 5098/03) e o Projeto de Lei do Legislativo nº
373/03 (Processo nº 5038/03); pelo Vereador Ervino Besson, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 374/03 (Processo nº 5039/03); pelo Vereador Haroldo de Souza, os
Pedidos de Providências nos 1856, 1857, 1858, 1859, 1860, 1861, 1862, 1863,
1864, 1865, 1866, 1867, 1868, 1869, 1870, 1871, 1872, 1873, 1874, 1875, 1876,
1877, 1878, 1879, 1880, 1881, 1882, 1883, 1884, 1885 e 1886/03 (Processos nos
5131, 5132, 5133, 5134, 5135, 5136, 5137, 5138, 5139, 5140, 5141, 5142, 5143,
5144, 5145, 5146, 5147, 5148, 5149, 5150, 5151, 5152, 5153, 5154, 5155, 5156,
5157, 5158, 5159, 5160 e 5161/03, respectivamente); pelo Vereador João Bosco Vaz,
o Projeto de Resolução nº 085/03 (Processo nº 4684/03); pelo Vereador João
Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 379/03 (Processo nº 5197/03);
pelo Vereador Luiz Braz, o Pedido de Informações nº 178/03 (Processo nº
4980/03); pela Vereadora Maria Celeste, o Projeto de Lei do Legislativo nº
378/03 (Processo nº 5172/03); pelo Vereador Sebastião Melo, os Pedidos de
Informações nos 174 e 175/03 (Processos nos 4922 e 4923/03). Do EXPEDIENTE,
constaram os Ofícios nos 10472967, 10473082, 10473116, 10473122, 10473222 e
10532442/03, do Senhor Reginaldo Muniz Barreto, Diretor-Executivo do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Na oportunidade, por solicitação do
Vereador João Antonio Dib, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem
póstuma ao ex-Deputado Estadual Francisco Solano Borges, falecido hoje. A
seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, aos
Senhores Luiz Eduardo de Almeida Flores e Marina Souza da Luz, respectivamente
Presidente e Secretária do Movimento dos Direitos dos Moradores de Rua, que
discorreram sobre a problemática da exclusão social que envolve os
desabrigados, explicando a forma de organização e o funcionamento da Entidade
representada por Suas Senhorias. Também, propugnaram por ações concretas do Poder
Público, no sentido de ampliar as políticas sociais e as frentes de trabalho
aos moradores de rua de Porto Alegre. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do
Regimento, os Vereadores Wilton Araújo, João Carlos Nedel, Haroldo de Souza,
Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Nereu D'Avila e Maristela Maffei
manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às
quatorze horas e trinta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às quatorze horas e trinta e um minutos, constatada a
existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Nereu D'Avila
parabenizou os cento e dezoito anos de presença da Igreja Metodista no Rio
Grande do Sul, historiando a trajetória dessa Entidade religiosa no Brasil.
Ainda, registrando sua ligação de infância com os ensinamentos ministrados
pelos discípulos do Pastor John Wesley, ressaltou o trabalho social e os projetos
de apoio à comunidade desenvolvidos pela Igreja Metodista. O Vereador Carlos
Alberto Garcia cumprimentou a Igreja Metodista pelos seus cento e dezoito anos
de existência no Estado, lembrando a participação de Sua Excelência, no dia
vinte e sete de setembro do corrente, no culto de reconsagração do templo da
Igreja Metodista Wesley. Ainda, enfatizou seu envolvimento com a Igreja, há
mais de vinte anos, e mencionou abaixo-assinado proposto para homenagear a
Senhora Carmen Chacon, criadora do Colégio Americano em Porto Alegre. O
Vereador João Carlos Nedel ilustrou fato ocorrido em sua infância, quando a
Igreja Católica deixou de exigir dos padres o uso da batina fora dos cultos
religiosos, impossibilitando a distinção entre sacerdotes de diferentes
religiões, o que salientou a igualdade entre as pessoas e realçou as ligações
entre a religião Católica e a religião Metodista. Nesse sentido, elogiou a
Igreja Metodista pelos seus cento e dezoito anos de presença do Rio Grande do
Sul. A seguir, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a
homenagear o transcurso do nono aniversário do Belém Golf Club, nos termos do
Requerimento n° 126/03 (Processo n° 3082/03), de autoria do Vereador Juarez
Pinheiro. Compuseram a Mesa: o Vereador João Antonio Dib, Presidente da Câmara
Municipal de Porto Alegre; o Senhor Arvidt Froemming, Presidente do Belém Golf
Club; o Senhor Ari Siebel, representante do Conselho Deliberativo do Belém Golf
Club; a Senhora Leda Argemi, Secretária Substituta da Secretaria Municipal de
Esportes, Recreação e Lazer - SME; a Vereadora Maria Celeste, 1ª Secretária
deste Legislativo. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Juarez Pinheiro recordou
homenagem feita nesta Casa ao Belém Golf Club em mil novecentos e noventa e
nove, enfocando conquistas obtidas por essa Entidade nos últimos quatro anos.
Em relação ao assunto, analisou os benefícios propiciados pelo golfe, ressaltando
que esse esporte pode ser praticado por toda a família e congratulou a Entidade
pela divulgação da Cidade como um pólo da prática do golfe. O Vereador Elói
Guimarães cumprimentou o Vereador Juarez Pinheiro pela proposição da presente
homenagem ao Belém Golf Club, chamando a atenção para a relevância da prática
desse esporte e desmistificando a imagem de que o golfe só pode ser praticado
por pessoas de alto poder aquisitivo. Ainda, louvou a organização do Belém Golf
Club, destacando ser esse um esporte que, entre outras vantagens, defende a
preservação da natureza. O Vereador Isaac Ainhorn apontou a identificação deste
Legislativo com o trabalho desenvolvido no Belém Golf Club, indicando as
dificuldades para a implementação de um clube dessa natureza, em comparação com
outros esportes mais populares. Também, indicou o número de empregos gerados e
o crescimento do turismo na Cidade como aspectos positivos decorrentes da
inauguração do Belém Golf Club. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a
palavra ao Senhor Arvidt Froemming, que destacou a importância do registro hoje
feito por este Legislativo, com referência aos nove anos do Belém Golf Club. Às
quinze horas e vinte e dois minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quinze horas e vinte e cinco minutos, constatada
a existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Cassiá Carpes pronunciou-se
a respeito das dificuldades encontradas pela população carente para o acesso a
documentos de identificação pessoal. Com relação ao assunto, discutiu a
possibilidade de interação entre os Governos Estadual e Municipal, a fim de que
as pessoas necessitadas sejam melhor esclarecidas a respeito das possibilidades
atualmente existentes para a confecção de documentos. O Vereador Cláudio
Sebenelo, apresentando números acerca da ocupação de leitos nos principais
hospitais da Cidade, manifestou-se sobre problemas enfrentados pela população,
em decorrência do excesso de lotação das emergências hospitalares em Porto
Alegre. Ainda, criticando a política municipal na área da saúde pública,
afirmou que apresentará proposta de instalação de uma Comissão Parlamentar de
Inquérito na Casa, com o propósito de averiguar essa situação. O Vereador Darci
Campani teceu considerações acerca da Medida Provisória nº 131, editada pelo
Governo Federal no dia vinte e cinco de setembro do corrente, a qual libera o
plantio comercial da soja transgênica para a safra de dois mil e quatro,
esclarecendo os motivos pelos quais Sua Excelência é contrário ao plantio de
produtos geneticamente modificados e saudando o tratamento dado ao assunto pelo
jornal Correio do Povo. A Vereadora Clênia Maranhão, mencionando acidentes de
trânsito com vítimas fatais ocorridos neste final de semana no Estado, defendeu
a implantação de novas políticas públicas para viabilizar uma legislação mais
efetiva e uma maior fiscalização no sistema de trânsito brasileiro, em especial
quanto à venda de bebidas alcoólicas, tendo em vista o grande número de
acidentes envolvendo motoristas alcoolizados. O Vereador Dr. Goulart reportou-se
ao atendimento de saúde pública oferecido à população porto-alegrense e,
comentando a possibilidade de fechamento do posto de saúde da Universidade
Luterana do Brasil – ULBRA, localizado no Bairro Restinga, ressaltou a importância
do trabalho realizado por essa unidade médica, que funcionava vinte e quatro
horas por dia, no atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde - SUS. O
Vereador Elói Guimarães manifestou-se acerca do projeto de construção de uma
pista de eventos em Porto Alegre, na área do Porto Seco, na Avenida Plínio
Kröeff, solicitando maior debate sobre o tema, a fim de que seja definido um
novo local para a obra, o qual viabilize a apresentação de outros eventos
realizados na Cidade, em especial aqueles referentes às comemorações da Semana
Farroupilha e Independência do Brasil. A seguir, o Senhor Presidente comunicou
o recebimento de convite para participação deste Legislativo na 4ª Bienal do
Mercosul, a ocorrer no período de quatro de outubro a sete de dezembro do
corrente, em Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Wilton Araújo
referiu-se aos debates efetuados neste Legislativo, quanto à construção de uma
pista de eventos em Porto Alegre, na área do Porto Seco, afirmando que nesse
local ainda não foi iniciada qualquer obra e que, em dois mil e quatro, deverá
ocorrer um encaminhamento do Carnaval para a área periférica da Cidade, que não
apresenta condições estruturais para realização adequada de desfiles. O
Vereador Haroldo de Souza, destacando que a destinação da área do Porto Seco
como local de construção de uma pista de eventos em Porto Alegre foi votada
pela Casa, registrou estar estudando a possibilidade de apresentar projeto para
a montagem de arquibancadas fixas na Avenida Augusto de Carvalho. Ainda, leu
e-mail recebido por seu Gabinete, de protesto contra alterações verificadas no
itinerário da Linha T-1 de transporte coletivo. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 321, 322, 336,
337, 338, 342, 343, 364, 365 e 352/03, este discutido pelo Vereador Zé Valdir,
o Projeto de Resolução n° 081/03, discutido pela Vereadora Margarete Moraes; em
2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 245 e 246/01 e 259 e 341/03,
os Projetos de Resolução nos 075, 076, 086 e 080/03, este discutido pela
Vereadora Margarete Moraes, os Projetos de Lei do Executivo nos 039/03,
discutido pelo Vereador Raul Carrion, e 040/03, discutido pela Vereadora Maria
Celeste; em 3ª Sessão, o Substitutivo n° 01 ao Projeto de Lei do Legislativo n°
201/02, discutido pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 305, 326, 340, 344, 345, 346, 351, 353, 354, 355, 358, 359,
360, 362 e 363/03, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo n° 016/03, discutido
pelo Vereador Carlos Alberto Garcia. Na oportunidade, o Senhor Presidente
informou que amanhã, às dezenove horas, será realizada Sessão Solene na Casa em
homenagem à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Também, foi apregoada a
Emenda nº 01, de autoria do Vereador Marcelo Danéris, Líder da Bancada do PT,
ao Projeto de Lei do Executivo nº 030/03 (Processo nº 3335/03). Às dezesseis
horas e quarenta e sete minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às dezesseis horas e cinqüenta e cinco minutos, constatada a
existência de quórum. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada
a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Cláudio
Sebenelo, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 030/03, com ressalva da Emenda nº 01 a ele aposta, por vinte e
três votos SIM, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Luiz Braz,
Carlos Alberto Garcia, Raul Carrion, Pedro Américo Leal, Wilton Araújo, Haroldo
de Souza e Marcelo Danéris, em votação nominal solicitada pelo Vereador Pedro
Américo Leal, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos
Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Darci Campani,
Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João
Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maristela Maffei,
Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Wilton
Araújo e Zé Valdir. Na ocasião, face manifestações dos Vereadores Sebastião
Melo e Luiz Braz, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da votação
do Projeto de Lei do Executivo nº 030/03. Foi aprovada a Emenda nº 01, aposta
ao Projeto de Lei do Executivo nº 030/03. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 017/02, por quatorze votos SIM e
dez votos NÃO, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes,
Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Pedro Américo
Leal, Sebastião Melo e Wilton Araújo e Não os Vereadores Aldacir Oliboni,
Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Darci Campani, Juarez Pinheiro, Marcelo
Danéris, Maria Celeste, Raul Carrion, Renato Guimarães e Zé Valdir. Na
oportunidade, face Questão de Ordem e manifestações formuladas pelos Vereadores
Juarez Pinheiro e Isaac Ainhorn, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos
acerca do quórum necessário para a votação do Projeto de Lei do Legislativo nº
017/02. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 002/03, após ser encaminhado à votação pelo Vereador Sebastião
Melo, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos sobre o teor desse
Projeto. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 013/03, por dezessete votos SIM e cinco ABSTENÇÕES, tendo votado
Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cláudio
Sebenelo, Darci Campani, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Pedro
Américo Leal, Raul Carrion, Valdir Caetano, Wilton Araújo e Zé Valdir e tendo
optado pela Abstenção os Vereadores Cassiá Carpes, Haroldo de Souza, Isaac
Ainhorn, Luiz Braz e Sebastião Melo. Na oportunidade, face Questões de Ordem
formuladas pelos Vereadores Sebastião Melo e Zé Valdir, o Senhor Presidente
prestou esclarecimentos acerca, respectivamente, do tempo destinado à votação
do Projeto de Lei do Executivo nº 013/03 e do resultado da votação do referido
Projeto de Lei. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 126/03, por vinte e três votos SIM, tendo votado os
Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes,
Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio
Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo
Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Renato
Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano, Wilton Araújo e Zé Valdir. Em
Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo
nos 127 e 130/03. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 148/03, por vinte e quatro votos SIM, tendo votado os
Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes,
Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza,
João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz
Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal,
Raul Carrion, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano, Wilton Araújo e
Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei
do Legislativo nº 199/03, por vinte e dois votos SIM, tendo votado os Vereadores
Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Darci
Campani, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris,
Maria Celeste, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Renato
Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano e Zé Valdir. Durante a apreciação do
Projeto de Lei do Legislativo nº 199/03, o Vereador João Antonio Dib afastou-se
da direção dos trabalhos, nos termos do artigo 22 do Regimento. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 063/03. Em prosseguimento,
o Senhor Presidente convidou os Senhores Vereadores para comparecerem ao Salão
Nobre da Presidência, amanhã, às dezoito horas, a fim de receberem o Senhor
João Verle, Prefeito Municipal de Porto Alegre, que comparecerá a este
Legislativo para entregar Projeto de Lei que estima a receita e fixa a despesa
do Município de Porto Alegre para o ano dois mil e quatro. Também, comunicou
que, no dia primeiro de outubro do corrente, às quinze horas, haverá a
apresentação, à comunidade, da Comissão Especial constituída com o objetivo de
avaliar e discutir os três primeiros anos de implantação do Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano Ambiental do Município de Porto Alegre – PDDUA. Ainda, face Questões de
Ordem e manifestações formuladas pelos Vereadores Sebastião Melo e Cláudio
Sebenelo, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos sobre os trabalhos da
presente Sessão. Às dezessete horas e cinqüenta e sete minutos, constatada a
inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando
os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores João Antonio Dib e
Elói Guimarães e secretariados pela Vereadora Maria Celeste. Do que eu, Maria
Celeste, 1ª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após
distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): No dia de hoje, o Rio
Grande do Sul perdeu um dos seus mais ilustres filhos: Francisco Solano Borges,
Deputado Estadual, Presidente da Assembléia, Presidente do Tribunal de Contas,
Secretário de Estado.
Peço um minuto de silêncio em homenagem a
essa extraordinária figura, que marcou a história do Rio Grande.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
Passamos à
O Sr. Luiz Eduardo de Almeida Flores,
Presidente, e a Sra. Marina Souza da Luz, Secretária, do Movimento dos Direitos
dos Moradores de Rua, estão com a palavra para tratar de assunto relativo à
exclusão social, pelo tempo regimental de 5 minutos para cada um dos oradores.
O
SR. LUIZ EDUARDO DE ALMEIDA FLORES: Boa-tarde ao
Presidente da Mesa, Ver. João Antonio Dib; boa-tarde a todos os Vereadores,
boa-tarde aos meus companheiros do Movimento dos Direitos dos Moradores de Rua
que estão aqui. Eu vim falar um pouco, aqui, hoje, sobre o Movimento dos
Direitos dos Moradores de Rua, que se constituiu no dia 16 de junho de 1999,
porque a gente realmente viu que tinha solução para esse problema. E estamos
lutando até hoje, e a gente não está vendo políticas sociais, realmente, que
venham ao alcance dos nossos interesses.
Então, a nossa luta, do Movimento, vem-se
constituindo nesses quase quatro anos, porque a gente é contra esse trabalho,
não contra, mas a gente debate muito esse trabalho de assistencialismo que
existe hoje no Rio Grande do Sul e aqui na nossa cidade de Porto Alegre. É um
trabalho que, realmente, não está sendo condizente com essa grande demanda,
hoje, que são os moradores de rua, porque a gente acha que há muito
assistencialismo e pouca política que realmente vá ao encontro dos moradores de
rua.
Então, nós estamos, aqui, hoje,
reivindicando, também, uma política mais justa e mais condizente com os
moradores de rua de Porto Alegre, porque, quando iniciei o Movimento, havia
trezentas pessoas morando na rua; hoje, nós estamos com quase quatro mil
pessoas morando na rua, e no Centro de Porto Alegre, não falando dos bairros.
Foi o cadastro que o Movimento fez até outubro do ano passado – fiz junto com meus
companheiros -, porque, infelizmente, o Movimento não tem recurso nenhum, ele é
apoiado pelos sindicatos e por alguns Parlamentares que, às vezes, dão apoio ao
Movimento. É assim que o Movimento vive até hoje, com a ajuda das pessoas,
porque ele não tem fim lucrativo nenhum, e pouco recebe de apoio de qualquer
política social. Isso dificulta o nosso trabalho. O Movimento dos Direitos dos
Moradores de Rua já mostrou, realmente, que esse problema tem solução: é só os
políticos realmente quererem trabalhar em cima da geração de renda.
Isso foi provado, porque em 2000 ganhamos
um espaço na Av. Padre Cacique para cento e vinte famílias que moravam nas
ruas, e essas famílias conseguiram se constituir por meio de trabalho próprio,
que é uma Associação de Catadores.
E aí nós estamos discutindo por que os
políticos não trabalham, nesses quatro anos que eles têm de mandato, com
políticas sociais e com frentes de trabalho para essas pessoas. É muito fácil,
na época das eleições, chegar nas vilas, nos bairros e prometer muita coisa
para as pessoas, e, quando chega na hora, nada do que foi falado antes das
eleições é cumprido nos quatro anos de mandato.
O Movimento mostrou que é só querer que
conseguem frentes de trabalho para essa gente. Estamos com essa indignação, sim,
com as políticas do Governo Federal e do Governo Estadual, porque achamos que
está faltando força de vontade para tirar essas pessoas das ruas. Muitos olham
para eles e dizem: “São moradores de rua, são bêbados, são alcoolizados, não
têm condições”. É fácil bater em cima da fraqueza dos outros, mas é difícil
resolver o problema dessas pessoas. Está faltando força de vontade para fazerem
políticas para geração de renda para essas pessoas que hoje moram na rua.
O Movimento veio hoje, neste espaço, para
ver, realmente, o que o Governo, a Câmara de Vereadores e a Assembléia estão
fazendo de anteprojeto para esses moradores de rua, se há algum tipo de
trabalho para os moradores de rua, se há algum projeto que vá ser concretizado,
porque nós não estamos aqui pedindo favor algum; a gente quer, sim, é frente de
trabalho, queremos que as pessoas tenham condições. Há alguns moradores de rua
que realmente, com o passar do tempo, estão debilitados para trabalhar, porque
quanto mais ficam nas ruas, mais se envolvem com drogas, com alcoolismo.
Estamos discutindo, sim; queremos soluções. Depois a colega Marina da Luz vai
falar o que realmente o Movimento conseguiu de bom para nós, por meio de nosso
trabalho, do nosso apoio e da nossa própria força. Então, nós estamos aqui para
agradecer às pessoas que apóiam o Movimento e que nos deram a oportunidade de,
hoje, estarmos na Av. Padre Cacique, nº 1.391.
Foi por intermédio do Governo Tarso
Genro, que nos apoiou bastante naquele momento e que nos deu aquele espaço, que
agora estamos constituindo e ganhando por Lei. Vão ser feitas as casas para o
pessoal que está morando hoje na Padre Cacique.
É isso gente, nós não
estamos aqui para pedir favor, mas queremos, sim, políticas sociais e frentes
de trabalho. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. MARINA SOUZA DA LUZ: Boa-tarde a todos. Sou uma ex-moradora de rua que hoje mora na Comunidade Padre
Cacique. Acreditamos que o nosso depoimento, como ex-moradora de rua, possa
ajudá-los a compreender que é possível, sim, fazer assistência sem
assistencialismo; basta dar oportunidade às pessoas para desenvolverem os seus
potenciais.
Hoje o número de pessoas
que moram na rua e que nos procuram na comunidade em busca de vaga para morar é
bem expressivo. São pessoas que já passaram por todos os espaços de assistência
da Cidade; já foram abrigadas, albergadas por diversas vezes e acabam sempre na
rua. Onde está o problema? Em nós, moradores de rua, ou nas políticas públicas
de assistência? Ou o morador de rua é um desajustado, que não sabe conviver? Ou
as políticas são de moldar e despolarizar, querendo que o necessitado se
submeta a um modelo arcaico que existe; ou as políticas não entenderam que a
população, como tudo o que existe, também mudou? Hoje, não são só doentes
mentais, bêbados, marginais que ocupam as ruas; o desemprego levou muitas
famílias emocionalmente estruturadas para as ruas. Essas famílias têm de se
moldar a um sistema que acreditamos já falido na área de assistência. Hoje
somos referência para a própria população, que percebeu que é possível, sim -
claro que com regras e disciplina -, construirmos juntos o nosso destino, por
meio do trabalho e da auto-organização.
Nós temos uma proposta, que foi entregue há dois anos na Prefeitura, para o
Prefeito da época, Dr. Tarso Genro, que nós acreditamos, sim, que pode ser
executada; hoje, por exemplo, o problema do morador de rua seria outra
história. Entendemos que, na época, não acreditaram nem ao menos em nós, mas o
tempo mostrou que é possível, sim, haver mudanças desde que alguém nos dê
oportunidade. Entendemos que, se não ficamos atentos... O problema da rua é
muito sério, e não são cestas básicas ou os programas de renda mínima que vão
resolver, pois esses programas têm prazo e “não ensinam o homem a pescar”. Quando
se recebe de graça, não se sabe dar o valor.
É isso que eu digo, amigos: que lá na
comunidade Padre Cacique, está a experiência para qualquer um ir visitar e ver
como nós mudamos depois que saímos da rua! Obrigada. (Palmas.)
(Não revisto pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Wilton Araújo
está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente; Sr. Presidente dos
Direitos dos Moradores de Rua, Luiz Eduardo Flores, e também a nossa convidada
Marina, que está hoje, aqui, para tratar da exclusão social e da experiência
que eles, como moradores de rua, e ela, como ex-moradora de rua, tiveram em um
período recente.
Deixa-nos muito preocupados, Luiz, o que
tu afirmas: que, hoje, em um cadastro concluído no fim do ano passado, se
contabilizam três mil pessoas no Centro da Cidade. Isso mostra que, realmente,
não há política firme que dê continuidade às ações esporádicas que o Governo
Municipal tem adotado.
Então, essa primeira iniciativa foi boa,
só que ela, por si só, não resolve o problema; tem de haver uma política de
geração de empregos condizente com a condição de vocês, de ex-moradores ou de
moradores, para que, num modo conseqüente e consciente, se possa, todos os dias
e cada dia, ir reduzindo esses moradores de rua da cidade de Porto Alegre.
Lembro, ainda, que foi uma promessa de
campanha do ex-Prefeito Tarso Genro terminar, dando possibilidade de melhora
para os moradores de rua e para aqueles também que estão nas sinaleiras. Vejam
que isso não foi concluído, e sequer se tem uma política para esse assunto.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu dou
as boas-vindas ao Luiz Eduardo e à Marina, em nome da Bancada do Partido
Progressista - dos Vereadores João Antonio Dib, Pedro Américo Leal, Beto Moesch
e deste Vereador. Gostei muito quando a Marina falou: “Eu sou ex-moradora de
rua”, e é isto que o Partido Progressista quer: que não existam moradores de
rua, que todos sejam ex-moradores. Nós acreditamos que o principal direito é a
dignidade do ser humano, e não há dignidade para o ser humano morando na rua.
Perde-se um direito fundamental: a dignidade. Então, quando vens aqui, Marina,
dar o teu exemplo, que conseguiste superar essas dificuldades - que são de
3.000 pessoas -, eu quero parabenizá-la e parabenizar o Movimento que luta para
sair dessa situação. É importante o que tu disseste, de que é importante
receber o ensinamento de pescar; e não receber o peixe. Também é importante o
que o Ver. Wilton Araújo falou: sobre uma política de geração de emprego e
renda.
A Bancada do Partido Progressista deseja
sucesso nos seus intentos, nos seus desejos, e que se tenha chegado a um bom
termo: a volta da dignidade do ser humano. Meus parabéns.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antônio Dib): O Ver. Haroldo de
Souza está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Luiz Eduardo de Almeida Flores e
Sra. Marina Souza da Luz, os direitos dos moradores de rua é não ter esses
direitos, ou seja, o direito obrigatório de morar na rua. O Governo, seja ele
quem for, as empresas de grande porte e as grandes fortunas têm de se unir e
acabar com essa barbaridade de ainda existirem moradores de rua. Isso é
desumano e não combina absolutamente nada com a realidade da vida que nós
queremos. Eu entendo, Sr. Luiz Eduardo e Sra. Marina, que só falar, falar,
falar, discursar, criticar, "meter o pau" no Governo, dizer que esse
não fez, que o outro não fez não vai resolver. Por isso eu não falo mais por
tanto tempo sobre isso. Eu só lembro, de vez em quando, que é total falta de
vergonha na nossa cara, na cara dos políticos, ainda existirem moradores de
rua, sejam eles adultos, meninos ou meninas. Não me interessa se o menino que
está nas ruas de Porto Alegre vem do Município de Esteio ou de Cachoeirinha.
Não interessa! São as ruas da nossa Cidade que abrigam esses meninos e que
abrigam pessoas adultas. Todos nós temos responsabilidades por isso. Que todos
os seus sonhos sejam realizados, e que eu, na parte que me toca, arrume por aí
um pouquinho de vergonha na cara. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Carlos Alberto
Garcia está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Prezado Lula, Presidente do Movimento dos
Direitos dos Moradores de Rua, prezada Marina, quero dizer que acompanho o Lula
há bastante tempo, desde o início da criação do Movimento, só que, ao mesmo
tempo, notamos que essa exclusão social que nosso País vive é fruto disso: à
medida que vai aumentando o fator do desemprego, mais pessoas são jogadas nas
ruas. O Ver. Haroldo de Souza falou da questão dos meninos que são de fora de
Porto Alegre; é verdade. Hoje, 60% das crianças que vivem nas ruas de Porto
Alegre são oriundas de outros Municípios. Inclusive, a nossa Comissão, que
trata exclusivamente da questão da criança, do menor, estará fazendo uma
reunião com os oito Municípios da Grande Porto Alegre para tentar minimizar
essa situação. Agora sabemos também que, muitas vezes, apesar de o Município
procurar fazer um trabalho de abordagem e retirada desses moradores da rua,
alguns não querem se albergar. Acho que a experiência da Comunidade Padre
Cacique é um momento novo. Talvez a ampliação dessa forma de comunidade possa
ser uma nova experiência, mas o que temos de criar - acho que a Sra. Marina
colocou muito bem - é a questão da assistência social sem o assistencialismo,
porque, por exemplo, estamos tratando de um caso da Rua Jerônimo Coelho, e o
que vimos é que aumenta o número de moradores de rua, porque todas as noites,
lá pelas duas da manhã, alguém vai dar comida. Não somos contra essa questão da
solidariedade, mas se tudo isso se destinasse a entidades com fins específicos,
talvez pudéssemos, com mais geração de empregos, sim, minimizar essa situação.
Então, parabéns, porque vocês lutam no
dia-a-dia, por isso acho que voltar a esta Casa e lembrar sempre é importante,
mas sabemos que é um grande problema social que não será resolvido simplesmente
com discurso, mas com ações. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Cláudio
Sebenelo está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. CLÁUDIO SEBENELO: Ilustríssimos Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Marina e Luiz Eduardo, temos acompanhado o assunto de perto e
estamos extremamente preocupados com essa luta, a luta dos moradores de rua, e
quando um problema tem essa magnitude da necessidade de 100 mil novas moradias,
esse problema de 100 mil novas moradias acarreta um orçamento muito grande, mas
não tão grande assim que não possa, com a vontade política, ser resolvido.
Então, a oferta é a constrangedora casa de passagem. A casa de passagem eu acho
que é uma ofensa; seria uma solução se fosse por um pequeno prazo,
especialmente quando na cidade de Porto Alegre essa oferta de prazo está
condicionada ao Orçamento Participativo, e isso, realmente, frustra muito as
pessoas, sabendo elas que as demandas de 2001, 2002 e 2003 não vão ser
atendidas. Então, deixa de ser uma casa de passagem para ser uma questão de
humilhação das pessoas, porque a necessidade é mil vezes maior do que a oferta
dos Governos.
Realmente, há que se dar um basta nisso,
porque a falta de moradia também fabrica e enche as nossas FEBEMs e as nossas
prisões. Acho que a casa é algo de protetor e é indispensável ao ser humano
tanto quanto a alimentação. Por isso, eu quero dizer para vocês que não só o
PSDB está junto, mas também vai sair em busca dessa solução.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Nereu D’Avila
está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. NEREU D’AVILA: Prezados visitantes, em nome do PDT,
primeiro, quero dizer que é importante que a Câmara Municipal receba vocês,
porque essa é, a olhos vistos, uma realidade da cidade de Porto Alegre para a
qual todos procuram uma solução. Ouvindo os meus colegas, surgiram diversas
alternativas. Existe mesmo uma Comissão Especial nesta Câmara, eu mesmo pedi
uma Comissão Especial a partir de reportagens que, há algum tempo, saíram na
Zero Hora a respeito do aumento e do destino daqueles “ninjas”, que saíram dos
bueiros da Cidade, a maioria deles mortos, desaparecidos ou presos.
Vocês mesmos são um exemplo claro
daqueles que conseguiram sair das ruas. Porém, as origens dessas questões não
são tão simples assim. Não bastou o Prefeito dizer que iria eliminar o problema
dos moradores de rua; não eliminou. As questões têm outras origens, por
exemplo: um planejamento familiar, por quê? Porque as pessoas saem de casa,
pois lá não podem sobreviver e, depois, não querem voltar para os seus lares.
Tem de se buscar as raízes e as origens por intermédio de políticas de inclusão
social, tão faladas nos Projetos de candidaturas, quando ensejam postos ao
Executivo, mas que, depois, na realidade, não se efetivam. Esta Casa trata com
responsabilidade os assuntos, tanto que há uma Comissão Especial que se debruça
sobre os assuntos, de modo que tratar do assunto, estudar e buscar soluções
alternativas não são tarefas de uma pessoa, de um grupo, de um Partido
Político, mas são de toda a sociedade.
Por isso a participação da Câmara é
importante; do Executivo, mais ainda, mas de todos nós juntos, como sociedade,
porque também não podemos nos omitir. Muito obrigado pela presença de vocês.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Maristela
Maffei está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Em primeiro lugar, eu gostaria de
cumprimentar, aqui, a Marina e o Luiz Eduardo, por nós todos carinhosamente
chamado e conhecido por Lula, e dizer que esta Casa os acolhe com muito
carinho, porque eu acho que, se hoje existe organização social, é porque também
se parte do pressuposto de que o nosso Município também tem política. Pode
ainda não ser algo que resolva totalmente os problemas, e a gente sabe que é
verdade isso também, mas esta é a primeira capital do Brasil em que a Frente
Popular realizou, com a organização de vocês, com essa vontade, o primeiro
Encontro de Moradores de Rua do Brasil.
Nesta Casa, infelizmente, quando nós
discutimos a Previdência, muitos dos Parlamentares que hoje fazem discursos
fáceis aqui, sem responsabilidade política... o próprio Governo do Ver. Cláudio
Sebenelo, nem abrigos construiu, tampouco tem políticas sobre isso. Portanto,
tem razão o Ver. Nereu D'Avila, quando diz que essa luta tem de ser de todos e
não de um Partido; tem de ser de uma Constituição. Quero dizer que, se existe
hoje ex-moradora de rua, é porque existe política, e essa política foi
construída em conjunto, e aqui está o ex-Presidente da FASC, antiga FESC, que
realizou a primeira política de tirar os meninos e meninas de rua deste País,
apesar de, infelizmente, ainda existir. Quando eu vou para outros Estados,
outras cidades, fico triste, vendo os números; sei que aqui ainda há moradores
de rua, mas, inclusive nos Estados Unidos, em São Francisco, há um número cada
vez maior de mendicância pelo modelo neoliberal, estrutural internacional.
Infelizmente nós também passamos por isso. Nem por isso nos negamos a construir
políticas junto com o Movimento, porque é assim que se constrói. Nós podemos
demorar um pouco mais, mas, com certeza, a Padre Cacique foi uma conquista
desta sociedade, e assim eu quero parabenizá-los em nome da Bancada do PT.
Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Não há mais oradores
inscritos.
Suspendo a Sessão por um minuto para que
possamos nos despedir do Sr. Luiz Eduardo de Almeida Flores e da Dona Marina
Souza da Luz, ao mesmo tempo em que nós desejamos que haja, para ambos, para
aqueles que eles representam, solução. Solução depende, é claro, do trabalho de
todos e não de um só, e não há por que não acusarem a sua queixa. Saúde e paz!
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h30min.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib – às 14h31min):
Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. NEREU D’AVILA: Sr.
Presidente desta Casa, Ver. João Antonio Dib, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, nós queremos homenagear, em nome desta Casa, os 118 anos da vida e
missão da Igreja Metodista Central de Porto Alegre e a chegada da Igreja
Metodista ao Rio Grande do Sul.
Saúdo o Rev. Luiz Vergílio Batista da
Rosa, Bispo da Igreja Metodista no Rio Grande do Sul; o Rev. Cláudio Nelson
Kiehl e sua esposa, Pastora Maria Eugênia Malheiros Kiehl; autoridades aqui
presentes da Igreja Metodista e todos os demais componentes da Igreja Central,
que nos honram aqui nesta tarde com suas presenças. Comemoram-se, no dia 28 de
setembro, os 118 anos da chegada da Igreja Metodista ao Rio Grande do Sul.
No dia 24 de maio de 1738, na Inglaterra,
um homem chamado John Wesley, converteu-se ao cristianismo e deu início a um
movimento de renovação na Igreja Anglicana da qual seu pai, Samuel Wesley, era
pastor. Seu propósito era apenas renovar a forma de pensar e agir da Igreja
Anglicana, mas, com o passar dos anos, John Wesley foi semeando seu estilo de
vida, sempre fundamentado na palavra de Deus e, a partir desta, estabelecendo
métodos para viver. Wesley tornou-se um grande líder religioso na Inglaterra do
séc. XVIII e, com suas atitudes sempre coerentes com a sua pregação, deu origem
ao povo chamado “Metodista”. Assim, os metodistas rapidamente se espalharam
pelos mais diversos países ao redor do mundo, chegando definitivamente ao Brasil
em 1867. Hoje a Igreja Metodista está presente em todo o território brasileiro.
Em 1875, João Corrêa, metodista vindo do
Uruguai, chegou ao Rio Grande do Sul com o objetivo de distribuir Bíblias.
Entrou pelo Uruguai e chegou a Porto Alegre. Por três vezes, ele repetiu essa
visita. Em 1877, João Corrêa, acompanhado de sua esposa, de sua filha e da
professora Carmem Chacon, volta a Porto Alegre, agora como missionário
metodista, com o objetivo de dar início ao movimento metodista no Rio Grande do
Sul. Assim, em setembro de 1885, foi organizada a primeira Igreja Metodista do
Rio Grande do Sul, a Igreja Central de Porto Alegre, que completa 118 anos de
vida e missão em nossa Cidade. Inicialmente as reuniões para cultos e demais
atividades da Igreja aconteciam na Rua Dr. Flores, depois passaram para a Rua
Mal. Floriano Peixoto. Com o passar dos anos, adquiriu um terreno, e, em 1914,
foi construído o primeiro templo metodista em Porto Alegre, onde permanece até
hoje, na Rua Duque de Caxias, 1.676, esquina com a Rua Jerônimo Coelho. A
Igreja Metodista Central de Porto Alegre, como a Igreja-mãe do metodismo
gaúcho, deu origem a vários templos e capelas espalhados não somente em Porto
Alegre, mas pelos pampas gaúchos, sempre buscando ser uma comunidade missionária
a serviço do povo.
A Igreja Metodista, desde sua origem,
sempre esteve preocupada em fazer mais do que apenas anunciar o evangelho de
Jesus Cristo. Por isso, juntamente com essa pregação, voltou sua missão para a
educação e ação social. Hoje, no Rio Grande do Sul, a Igreja Metodista possui
várias instituições educacionais, tais como o Colégio Americano, fundado em
outubro de 1885; Colégio IPA, em Porto Alegre; Instituto Centenário, em Santa
Maria; Colégio Nehyta Ramos, em Osório, e várias instituições de ação social: o
Lar Otília Chaves, para senhoras idosas; o Centro Comunitário da Lomba do
Pinheiro, assistido pela Igreja Metodista Central de Porto Alegre; a Casa de
Assistência à Criança; SOMAI – Sociedade Metodista de Amparo à Infância; o Lar
do Bebê e o Lar da Vovó; Casa Suzana Wesley; e outras em várias cidades
gaúchas.
A Igreja Metodista Central de Porto
Alegre desenvolve os projetos de apoio à comunidade que são: Sociedade
Beneficente Clube do Menor, que atende meninos de famílias carentes, e o Clube
de Informática, que conta com mais de 50 alunos.
Atualmente, o Reverendo Luiz Vergílio
Batista da Rosa é o Bispo da Igreja Metodista no Rio Grande do Sul. E a Igreja
Metodista Central de Porto Alegre é pastoreada pelo Reverendo Cláudio Nelson
Kiehl e sua esposa, Pastora Maria Eugênia Malheiros Kiehl.
Assim é o Metodismo gaúcho e brasileiro.
Ele é constituído de homens e mulheres que, vivendo para servir, buscam
espalhar o amor de Deus ao povo de nossa terra.
Parabéns por estes 118 anos bem vividos
da Igreja Metodista no Rio Grande do Sul.
Destaco ainda - agora em
outubro – a realização das Olimpíadas Metodistas de todos os colégios, o IPA, o
Americano, o União, de Uruguaiana; o Centenário, de Santa Maria; o Instituto
Educacional, de Passo Fundo – que serão realizadas, comemorando os 118 anos bem
vividos da Igreja Metodista em nosso meio.
Destacamos ainda que o esporte de
orientação metodista deu origem à conquista do Campeonato Metropolitano e o
Campeonato Estadual, pelo Renner, em 1954, cujos 50 anos serão comemorados no
ano que vem, com a participação desta Câmara.
Ao encerrar, quero dizer que devo muito à
Igreja Metodista, porque estudei quase 10 anos no IPA, morava no internato, lá
adquirindo os postulados, os princípios básicos de uma vida regrada, contra o
álcool, contra o fumo, mantendo-me até hoje nesses princípios, os quais colhi
quando menino de nove, 10 anos, freqüentando a igreja Wesley, lá na Rua Santa
Cecília, cujo nome referi com carinho e com amor. John Wesley foi o inglês que
beneficiou a humanidade, trazendo o metodismo para o Brasil, que, há 118 anos,
está no Rio Grande do Sul.
Parabéns aos senhores e às senhoras. O
povo de Porto Alegre, por intermédio desta Câmara, os saúda nestes 118 anos bem
vividos. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Carlos Alberto
Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores;
prezado Bispo da Igreja Metodista da 2.ª Região, Reverendo Luiz Vergílio da
Rosa; prezado Pastor da Igreja Central Nelson Kiehl; prezado Sr. Toninho,
ex-Presidente do Conselho Diretor do IPA-Americano, quero, em nome do nosso
Partido, o Partido Socialista Brasileiro, saudar a Igreja Metodista pelos seus
118 anos de vida e missão.
No Sábado, tivemos a oportunidade de
participar da reconsagração do templo da Igreja Metodista Wesley, que adotou um
slogan muito interessante para a sua
campanha: “Povo bom e feliz restaura e fortalece seu templo”.
Quero dizer da minha alegria de falar da
Igreja Metodista, porque há 20 anos, exatamente, trabalho em uma instituição
metodista. Sei do carinho, apreço e zelo que sempre deram a todos aqueles que
lutam em prol de uma justiça social.
Prezado Bispo, nós estamos
fazendo um movimento junto a esta Câmara, para que a escadaria – estamos
passando abaixo-assinados por todos os moradores – possa ter o nome de Carmem
Chacon, que criou o Colégio Americano. Também, no final deste ano, será
inaugurada uma rua com o nome do nosso saudoso Bispo Sady Machado.
Quero dizer que, ao longo desses 20 anos,
é importante perceber a união desta comunidade, perceber que o seu objetivo
maior, dentro daquilo que nós sempre aprendemos, do plano de vida e missão, é
algo que se busca. É por isso que, no dia-a-dia, procura-se construir esta
Igreja, que nada mais é do que a Igreja do templo de Deus, um poder de oração.
No sábado nós pudemos sentir o que é a
força de uma comunidade. Realmente, uma obra muito bonita. Naquele dia, no
culto, a igreja cheia, tenho certeza de que o Reverendo Norberto Garin, assim
como o Bispo, estavam muito felizes, e vejo aqui muitas pessoas que lá estavam.
Então, para finalizar, gostaria de, mais
uma vez, dizer que a forma como os metodistas atuam é uma forma de integração,
uma forma que procura, por meio da educação, que foi o seu primeiro veio, mas,
principalmente, por meio de várias obras sociais, mostrar essa harmonia. É por
isso que desejamos a cada um dos senhores e senhoras metodistas aqui presentes
e àqueles que nos assistem pela televisão que continuem sempre com essa obra. E
vou repetir mais uma vez a frase que foi lida e que estava exposta no culto:
(Lê.) “Povo bom e feliz restaura e fortalece o seu templo”. Parabéns pelos 118
anos.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente,
João Antonio Dib, Sr. Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa da Igreja Metodista
no Rio Grande do Sul, pastores da Igreja Central, Cláudio Nelson Kiehl e sua
esposa, também pastora, Maria Eugênia Malheiros Kiehl, senhores componentes da
Igreja Metodista, caros amigos, Vereadores e Vereadoras. Há cerca de três
décadas, quando os padres
da Igreja Católica foram autorizados a usar trajes comuns, sem obrigatoriedade
da batina, presenciei um fato curioso e que me marcou muito: um sacerdote local
foi visitar a empresa em que eu trabalhava, vestido com o clergy man - que os dignos Pastores estão portando -, um traje
civil comum, mas que tinha, sob o casaco, um peitilho preto que culminava no
colarinho clerical, semelhante ao traje que, naquela época, somente os pastores
usavam.
A secretária da Diretoria, ilustre Ver. Nereu D’Ávila, uma
senhora muito piedosa, mas muito conservadora, espantada com a roupa do padre,
perguntou-lhe: “Padre, como é que agora nós vamos distinguir um sacerdote
católico de um pastor protestante?” E o padre, com muita sabedoria,
respondeu-lhe: “Minha senhora, nós temos estado durante muitos e muitos anos
separados por nossas diferenças. A senhora não acha que já é tempo de
começarmos a buscar as nossas semelhanças?”
Desde aquela data, tenho estado sempre a pensar nisso e a
procurar levar em conta, cada vez mais, não as diferenças que me distanciam das
pessoas, mas as semelhanças que me fazem seu irmão.
Como todos aqui sabem – e isso muito me satisfaz – sou
católico e tenho uma atuação bastante intensa em minha Igreja, graças a Deus.
Mas tenho com a Igreja Metodista algumas ligações muito fortes, sinais indeléveis
em minha vida que conservo com muita ternura e com muito amor no coração.
A primeira ligação é por demais óbvia: trata-se de uma
Igreja cristã, em muito assemelhada a minha Igreja, pois que é anunciadora do
Evangelho de Jesus Cristo e está hoje voltada para a educação e à ação social.
Uma segunda ligação é a leitura diária de “O Cenáculo”, que
é publicado no Jornal do Comércio, e que tanto bem me tem feito, com suas
mensagens de fé, esperança e consolação, ao longo dos anos.
A terceira é que faço parte da Associação dos Dirigentes
Cristãos de Empresas, que é uma entidade ecumênica em que a Igreja Metodista
está presente, e em que juntos lutamos para difundir a Doutrina Social Cristã.
Uma outra ligação importante é o fato de que minha esposa,
Glória, foi, durante sete anos, aluna interna do Colégio Centenário, em Santa
Maria, que é de orientação Metodista, em que recebeu uma excelente base cristã,
que só veio a somar à sua formação católica.
Mas há uma outra ligação, de terna saudade, que me vem de meus
primeiros tempos em Porto Alegre, quando eu, solteiro, morava num apartamento
ali na Praça Conde de Porto Alegre, a antiga Praça do Portão, que era pegado à
Igreja Metodista Central. E, do meu apartamento, muitas vezes eu ficava em
silêncio, ouvindo os cânticos dos fiéis e o maravilhoso som do órgão, sempre
tão bem tocado, tão encantador, tão comovente. Eram momentos em que eu, mesmo à
distância, comungava com a fé daqueles irmãos e agradecia a Deus por tê-los tão
perto.
E é com base nessas recordações que, ao mesmo tempo em que
agradeço por elas, eu desejo, então, saudar a Igreja Metodista Central de Porto
Alegre pelos seus 118 anos de vida e missão e peço ao Senhor nosso Deus que lhe
prolongue tão proveitosa existência. E desejo, ainda, que o Senhor nos dê a
graça de podermos, logo ali, mais adiante, estar muito mais unidos por nossas
semelhanças, geradas de nosso comum ideal cristão. Parabéns. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Foi justa e merecida a
homenagem feita à Igreja Metodista pelos seus 118 anos de presença no Rio
Grande do Sul, presença que deve ser agradecida por todos aqueles que têm
responsabilidade pela comunidade, porque a Igreja tem prestado relevantes
serviços a muitas pessoas que, inclusive hoje, aqui fizeram o uso da tribuna,
como moradores de rua, mas a Igreja tem feito isso anonimamente. Os nossos
cumprimentos, as nossas saudações e que continuem com o mesmo entusiasmo,
servindo ao homem e à Cidade. Saúde e paz!
Passamos às
Por solicitação do Ver.
Juarez Pinheiro, este período será destinado a homenagear o 9º aniversário do
Belém Golf Club. E, para isso, eu chamo para compor a Mesa o Sr. Arvidt
Froemming, Presidente do Belém Golf Club; o Sr. Ari Siebel, representante do
Conselho Deliberativo do Belém Golf Club; a Exma. Sra. Leda Argemi, Secretária
Substituta da Secretaria Municipal de Esportes. É uma homenagem que se presta a
um Clube que está crescendo e traz uma série de coisas boas para a Zona Sul da
Cidade.
O Ver. Juarez Pinheiro está com a
palavra, em Comunicações, como proponente.
O
SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Senhores,
senhoras, é com muita emoção e honra que, na qualidade de Vereador proponente,
me manifesto nesta homenagem destinada a assinalar a passagem dos nove anos do
Belém Novo Golf Club.
Há quatro anos fizemos uma homenagem
semelhante. Afora algumas conquistas, predominavam sonhos, utopias.
De minha parte, a alegria de encontrar
pessoas que praticavam o esporte da minha adolescência; de parte do Belém, os
sonhos da popularização do golfe, a consecução de um campo maior, e uma sede
mais qualificada.
Passados quatro anos, Sr. Presidente
Arvidt Froemming, continuamos a ter sonhos, utopias, mas já temos imensas
conquistas.
O golfe é uma das modalidades esportivas
que mais tem crescido, quebrando o preconceito de que é um esporte exclusivo da
elite.
Em Porto Alegre aumentou muito o número
de praticantes, inclusive em vilas, como o caso recentemente divulgado pela
imprensa, na Vila Cosme e Galvão, na Zona Norte de Porto Alegre. Porto Alegre,
além disso, é a única cidade do Brasil a possuir um Torneio de Golfe
oficializado por uma lei.
No Belém Novo, de um campo de apenas 09
buracos, 09 greens, passou-se para um
dos melhores campos do País, com 18 buracos. A sede social é uma das mais
bonitas, dotada de piscina térmica, 05 quadras de tênis, inclusive duas
cobertas.
Agora, recentemente, inaugurou-se a mais
completa academia de golfe do Brasil, dirigida pelo consagrado Patrick Causs
Incison, renomado golfista, conhecido internacionalmente, vencedor de mais de
30 torneios nacionais e internacionais. Patrick possui o título de Master Teacher Professional, pela United States Golf Teacher Professional.
Portanto, a partir da Academia do Patrick, não se precisa mais ser sócio de um
clube para aprender e praticar golfe.
O crescimento do golfe em Porto Alegre é
tão grande que já se cogita, no mínimo, de um Driving Range público. Logicamente, o Belém Novo tem papel
preponderante nessa mudança de cultura.
Embora a prática do golfe seja o objetivo
principal do Belém Novo Golf Club, a Entidade também tem-se distinguido como
uma importante impulsionadora do desenvolvimento da Região Sul de nossa Cidade.
Juntamente com o empreendimento imobiliário Terraville, gera mais de 600
empregos diretos. Só o Clube possui aproximadamente 50 trabalhadores fora os caddies. Além disso, possui um grande
entrosamento com a comunidade da Região, colaborando com todas as iniciativas
que visem ao desenvolvimento da Região Sul de Porto Alegre.
O golfe é um esporte maravilhoso, Ver.
Isaac Ainhorn, que pode ser praticado por toda a família, desde a infância até
a terceira idade. Com uma história de mais de 600 anos, de origem escocesa, um
campo de golfe preserva o meio ambiente, gera empregos e desenvolve o entorno.
O Brasil tem cerca de 15 mil praticantes
de golfe e 62 campos oficiais. A exemplo do que acontece no mundo, o interesse
por esse esporte vem aumentando desde que o golfe chegou no País, em 1898. Há
alguns anos existiam quatro ou cinco novos projetos na área em âmbito nacional;
atualmente estão sendo executados cerca de 30, sendo 20 novos campos em
construção ou viabilizados, e outros em estudo.
O Presidente Arvidt Froemming é o grande
timoneiro, o grande construtor dessa nova trajetória do Belém Novo Golf Club
que possui um dos melhores e mais qualificados campos de golfe do País,
preservando o meio ambiente da Região Sul, gerando empregos e entrosando-se de
tal forma com a Região Sul, que foi, talvez, uma das entidades mais
responsáveis, por intermédio de membros de sua Direção, por mobilizar a
comunidade do Belém Novo no sentido de que a Região Sul tivesse um transporte
seletivo direto. Isso beneficiou aquela comunidade tão distante, que juntamente
com a Restinga, por terem menos densificação e distância maior do Centro da
Cidade, que por vezes ficaram prejudicados no esporte coletivo.
Por todas as razões possíveis, hoje é um
dia de festa, um dia em que a Câmara de Vereadores, por intermédio de seus
representantes, presta homenagem a esses timoneiros, que além de divulgar esse esporte, fazem com que
ele não seja mais considerado, em Porto Alegre, um esporte de elite, porque,
como já disse no início, inclusive, em vilas de Porto Alegre ele já está sendo
praticado. E o jornal Zero Hora, recentemente, demonstrou isso através da Vila
Cosme Galvão.
Portanto, todos aqueles nossos sonhos,
aquelas utopias de desenvolver esse esporte, fazer com que ele, aqui em Porto
Alegre e no Rio Grande do Sul, fosse tão popular como é em outros países, estão
sendo alcançados.
Além disso, como já disse, o Clube detém
uma das mais belas sedes sociais, fazendo com que seus sócios e não-sócios -
porque a entrada no Clube é praticamente aberta - possam tomar contato com esse
esporte tão salutar, tão saudável e que, como já disse, pode ser praticado por
qualquer pessoa, de qualquer sexo ou idade, fazendo com que, portanto, Porto
Alegre seja marcada como uma Cidade no mapa internacional daquelas cidades que
têm como esporte predileto o golfe.
Vila longa para o Belém Novo Golf Club! O
Belém Novo é na verdade um hole one.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Elói Guimarães
está com a palavra em Comunicações.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Quero cumprimentar o Ver. Juarez Pinheiro, que de algum tempo vem,
por assim dizer, chamando a atenção na Casa, para a importância do golfe. E
quebrando, Presidente Froemming, até certo ponto, aquele, não diria
preconceito, mas uma certa distância das pessoas que acham que golfe é algo que
deve ser praticado por um determinado setor da sociedade, quando, na realidade,
isso é absolutamente equivocado. Trata-se de um esporte que é acessível a
quantos queiram praticá-lo e dele participar. Então, foi muito importante, Ver.
Juarez Pinheiro, que a gente pudesse aqui – e temos homenageado aqui o Belém –
ter tido a oportunidade de quebrar esse gelo que existe em relação a outros
esportes também, que não aqueles mais populares, por assim dizer.
E já tivemos oportunidades de participar
de festividades no Belém Novo Golf Club. Lá, vários Vereadores foram muito
bem-recebidos, com a mais ampla cordialidade, dando exatamente a dimensão que o
esporte do golfe representa como um fator de solidariedade, de confraternização
e de amizade.
É um belo espaço. É uma sede muito
bem-organizada e que traz consigo um espaço que se transforma também num
pulmão, na preservação da natureza. O golfe, a par da sua finalidade, que é a
prática do esporte, é um preservador da natureza, porque preserva os espaços
verdes, Ver. Juarez Pinheiro, preserva toda aquela ambiência ecológica e,
diga-se de passagem: que esporte salutar, Ver. Juarez Pinheiro! Porque é
praticado a céu aberto, sobre o tapete verde, em que as pessoas que estão num
ambiente de absoluta confraternização, exercitam o golfe.
Então, eu penso que é uma data muito
significativa para a Câmara e para a Cidade comemorarem, celebrarem, rememorarem,
enfim, o 9º aniversário do Clube, aqui.
Recebam a homenagem do Partido
Trabalhista Brasileiro pela importância que o golfe tem entre as pessoas.
Lembro que numa oportunidade em que lá
estivemos era um campeonato nacional, e representantes de praticamente todos os
Estados lá estavam fazendo exatamente essa confraternização nacional, a
unidade, através de brasileiros de todos os Estados.
Então, nós queremos homenagear aqui o
golfe, desejando que ele continue vibrante, promovendo exatamente isso que o
esporte busca, que é, antes de qualquer coisa, a solidariedade, a
confraternização. E repito aquela velha frase romana, encerrando, Sr.
Presidente: Mens sana in corpore sano. Obrigado.
(Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Isaac Ainhorn
está com a palavra em Comunicações, por cessão de tempo do Ver. Ervino Besson.
O
SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Honra-nos muito,
nesta oportunidade, saudar o Belém Novo Golf Club, na ocasião em que se
comemora o seu 9º aniversário. Esta Casa tem tido uma integração muito grande
com o trabalho do Belém Novo Golf Club mercê de uma preocupação de, em inúmeros
momentos, reconhecer o mérito e a criatividade desse novel Clube, a partir das
iniciativas do Ver. Juarez Pinheiro.
Nós, como instituição coletiva,
entendemos de estimular e de prestigiar instituições dessa natureza, e nós
sabemos o quanto tem sido árduo, o quanto tem sido difícil, nesses anos,
implantar um clube dessa natureza, com as dificuldades e adversidades inerentes
a uma atividade esportiva, notadamente uma atividade que ainda não ganha aquele
reconhecimento que outros tipos de esporte já conseguiram conquistar. Mas Porto
Alegre, mercê do trabalho de vocês, dirigentes do Belém Novo Golf Club, tem
conseguido se tornar uma referência, seja a partir da histórica presença do
Porto Alegre Country Club, e hoje, desse novel Clube que já se impôs, no seu 9º
ano de existência - o Belém Novo Golf Club.
Aqui foi acentuada, dentre outros
inúmeros aspectos, a característica de abrir o mercado de trabalho. Dizia o
Ver. Juarez Pinheiro, proponente desta homenagem, que fora os caddies, esse clube hoje emprega cerca
de 50 pessoas; já é uma empresa, nas nossas peculiaridades, de porte médio,
fora os empregos indiretos advindos da prática desse esporte.
Poderão alguns dizer: "Mas trata-se
de um esporte elitista". Não existe esporte elitista. Os esportes, na
medida em que ganham a simpatia e conquistam o coração e a mente das pessoas,
começam a ser praticados por todos os perfis sociais, todos os segmentos
sociais, dependendo do estímulo - e aqui nós temos presente uma Secretária de
Esportes - e do incentivo que é dado a esse tipo de atividade. Se houver um
efetivo incentivo, não tenho dúvida de que isso vai-se tornar uma realidade. O
tênis, por exemplo, há muito deixou de ser uma atividade elitista, devido à
facilidade desse esporte, já que não precisam 11, 22, nem 14; são 2 ou 3
pessoas, e já podem desenvolver a atividade. Isso incrementa a visão desta
nossa Cidade, que tem um potencial extraordinário e não aproveitado para o
turismo.
Hoje, com a extraordinária rede
hoteleira, as portas do Belém Novo Golf Club estão abertas para as pessoas que
aqui acorrem, de alto nível social, e, de repente, perguntam na portaria do
hotel onde é que podem desenvolver a sua atividade de golfista; sempre trazendo
os seus tacos, as suas indumentárias, as suas estruturas de esporte. Perguntam
como o tenista, com a sua raquete de tênis.
Então, por isso, antes de encerrar, eu
gostaria de lembrar, aqui, uma história: há muito tempo, quando eu iniciava, já
lá se vão alguns anos, Ver. Pedro Américo Leal, a minha condição de Vereador
nesta Casa, e o então Prefeito, recém-eleito, Alceu Collares, implantava o
Projeto Praia do Guaíba, e incluía um hotel cinco estrelas. E eu fui participar
de um debate sobre a implantação desse Projeto e da implantação de um hotel
cinco estrelas às margens do rio Guaíba. Então, um aluno, um estudante, como
eu, que anos antes havia ingressado como estudante do Júlio de Castilhos, um
aluno perguntava: "Mas para que um hotel cinco estrelas na beira do
Guaíba, se eu não vou poder freqüentar?" Eu disse: "Olha, realmente
não é para ti, mas é para proporcionar empregos, é para proporcionar turismo, é
para viabilizar uma cidade, para transformar uma cidade numa realidade".
E por isso eu saúdo os senhores pela
presença, aqui, nesta tarde, assim como saúdo alguns diretores e ex-diretores
que vêm aqui, e largam tudo para prestigiar esta homenagem, como o jornalista e
ex-funcionário desta Casa, o Eduardo Leães; o tesoureiro do Belém Novo Golf
Club, Francisco Ramos, a quem também saudamos por sua presença e a todos os
demais presentes que vêm aqui prestigiar esta iniciativa de comemorarmos o 9º
ano de existência do Belém Novo Golf Club.
Parabéns à instituição, parabéns aos seus
diretores. Vida longa ao Belém Novo Golf Club! Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Sr. Arvidt
Froemming, Presidente do Belém Novo Golf Club, está com a palavra.
O
SR. ARVIDT FROEMMING: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Esta homenagem
que nos é prestada, nós a tomamos como prestação de contas, porque essa
parceria do Belém Novo Golf Club com a cidade de Porto Alegre, com o Município
de Porto Alegre, se iniciou há muito tempo.
No dia 21 de junho de 1999, éramos
homenageados nesta Casa por ocasião do quinto aniversário do Belém Novo Golf
Club. Poucas semanas depois, era aprovada a Lei Municipal nº 8.340, cujo
Projeto de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, votado e aprovado nesta Casa, por
unanimidade, tendo sido sancionada no mês de setembro, nas próprias
dependências do Belém Novo Golf Club, pelo Exmo. Prefeito Sr. Raul Pont.
A Lei Municipal nº 8.340 instituiu o
Torneio Aberto de Golf Município de Porto Alegre, que se realiza, anualmente,
na primeira quinzena de dezembro.
Neste ano, ainda no curso do nono
aniversário, o Belém Novo Golf Club inaugurará, por ocasião desse evento, as
suas instalações finais e completas. Nós queremos aproveitar essa data e esse
evento, como uma homenagem a todos os Srs. Vereadores, que acreditaram no Belém
Novo Golf Club. Isso muito nos honra e nos deixa envaidecidos pela escolha, e
tratamos de representar a Casa condignamente. O condomínio Terraville - Belém
Novo Golf Club, onde se situa o Belém Novo Golf Club - como condômino que é -,
ocupa uma área de 170 hectares, com obras divididas em três etapas. Os lotes
abrangem 59 hectares, divididos em 12 vilas e 654 lotes.
O Belém Novo Golf Club para permitir,
exatamente como bem referido, a existência de ampla e completa área verde
renunciou ao direito de construir sobre a quase totalidade de sua área visando
a assegurar a preservação de um pulmão verde de dimensões gigantescas. Isso
sempre fez parte do propósito do Belém Novo Golf Club e, em especial, do
esporte golfe. Embora tenhamos Golf no nome, temos esporte no coração.
Ainda nesse final de semana, de sexta a
domingo, reuniram-se no Belém Novo Golf Club 155 tenistas, todos crianças,
disputando a Copa Citröen-Mônaco/ Bibi Calçados, que é uma etapa, tendo sido
essa uma das quatro etapas que encerrou no domingo ao anoitecer.
Dos lotes
vendidos, a primeira etapa está praticamente toda comercializada, com 110 casas
contratadas, 52 casas já concluídas e praticamente todas habitadas, o que hoje
representa um universo de 180 pessoas moradoras. Mas, esse é o detalhe
importante, como salientava o Ver. Isaac Ainhorn, há pouco: por que um hotel
cinco estrelas se não podemos freqüentá-lo? O importante é que já, agora, nesta
fase, 600 pessoas ingressam diariamente no condomínio para prestação de
serviços dos quais duzentos e cinqüenta ocupam empregos diretos, outros
duzentos e cinqüenta são prestadores de serviços, e cem são associados e
membros de cooperativas de trabalhadores. São servidas, mensalmente, sete mil e
quinhentas refeições aos que labutam no condomínio Terraville - Belém Novo Golf
Club, e o total de fornecedores chega a dois mil. Também voltaram-se tanto o
empreendimento, quanto os empreendedores Terraville e o Belém Novo Golf Club às
atividades comunitárias, por intermédio da doação do terreno e suporte das
despesas operacionais do núcleo comunitário do Belém Novo; com a doação do
terreno e da sede do posto da Brigada Militar de Belém Novo; o patrocínio do
Baile de Debutantes das Meninas Carentes de Belém Novo; obras de saneamento na
comunidade de Ponta Grossa e Chapéu do Sol, construída em parceria com o
Aeroclube do Rio Grande do Sul e com o DEP; o plantio de árvores na Vila Chapéu
do Sol; a reconstrução do altar da Igreja do Belém Novo; o apoio à Semana do
Meio Ambiente desde o ano de 2000; o Natal da Criança Carente, em parceria com
a Brigada Militar, o Belém Novo Golf Club, Igreja e entidades. E, agora, já
baseado em idéia do Ver. Juarez Pinheiro, a organização da biblioteca
comunitária em fase de organização. Além disso, aos que lá labutam, ainda
servem um sopão que tem chegado a atender seiscentas pessoas nessa sua
atividade.
Nós nos sentimos orgulhosos pela
homenagem que nos é prestada e nos honra, mais uma vez, a presença nesta Casa.
Queremos reiterar o convite a todos os Srs. Vereadores, a todos os senhores
presentes, para que visitem o Belém Novo Golf Club, que visitem o Condomínio
Terraville Belém Novo Golf Club, que é o nosso novo e atual endereço.
Muito obrigado, Srs. Vereadores. Muito
obrigado, Sra. Leda Geni, Secretária de Esportes substituta, que nos tem
acompanhado permanentemente. Colocamo-nos à disposição de todos sempre que
preciso e necessário. Muito obrigado pela atenção e, mais uma vez, agradecemos
pela iniciativa, e sentimo-nos honrados e orgulhosos pela homenagem que nos é
prestada. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): São nove anos do Belém
Novo Golf Club, pouco mais de três mil dias, pouco mais de cem meses, mas de
muito trabalho, de muita doação, muita organização e muita preocupação com todo
o entorno do empreendimento. Aquele local se tornou uma usina de emprego, de
trabalho, uma usina de vida, porque mantém uma área verde muito grande e há uma
preocupação também com a coletividade que, no entorno, é menos aquinhoada. Nós
cumprimentamos o Belém Novo Golf Club, cumprimentamos o Ver. Juarez Pinheiro
pela iniciativa e formulamos votos para que continuem crescendo, crescendo,
porque o crescimento do Clube é o crescimento também da nossa amada Porto
Alegre. Saúde e paz!
Estão suspensos os trabalhos para as
despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h22min.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 15h25min):
Estão reabertos os trabalhos.
Estamos retomando o andamento da presente
Sessão e, ainda nas Comunicações, utilizaram os tempos: este Vereador, o Ver.
Isaac Ainhorn e o Ver. Juarez Pinheiro, evidentemente, como proponente.
O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra
em Comunicações.
O
SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, eu queria, hoje, aproveitar esta oportunidade para elogiar esse
tipo de ação solidária que se faz nos bairros e que se faz por meio da ação
global em todo o Brasil.
É impressionante, Ver. Isaac Ainhorn, a
falta de capacidade, às vezes, de o Poder Público fazer esse tipo de
procedimento! Nós encontramos pessoas, às vezes, com 40, 50 anos, que não têm
um documento! É impressionante! Inclusive, aqui na Câmara, na semana passada,
coincidentemente, uma família procurou-nos, pois tinha dois ou três filhos sem
um documento sequer! Então, como é necessário fazer essas ações para informar
nas comunidades, principalmente, aquelas mais distantes do Centro da Cidade,
aquelas que, muitas vezes, têm imensas dificuldades de tomar conhecimento de
que a falta de um documento pode atrapalhar futuramente, quem sabe, na busca de
um emprego!
É necessário que os órgãos
de comunicação, com as suas facilidades, possam informar a população, porque,
às vezes, a pessoa é do Interior, vem para a Capital sem ter sequer um
documento, quer procurar emprego, tem que voltar na sua cidade para pedir uma
certidão ou uma segunda via de um documento, muitas vezes, com imensas
dificuldades para buscá-la, pois não tem nem condições de pagar uma passagem
para buscar esse documento! E, conseqüentemente, não consegue tirar uma
carteira de identidade, não consegue tirar um título de eleitor. Até atrevo-me
a dizer que, nessa defasagem das campanhas eleitorais, porque, às vezes, dá uma
defasagem muito alta, existe muita gente que perdeu documento, não tendo nem
como se apresentar para votar. Então, eu acho que o Poder Público Estadual e
Municipal poderiam se unir e, por exemplo, parece que amanhã haverá um ato do
Governo Federal no qual o Presidente Lula está exigindo que a Prefeitura e o
Governo do Estado participem efetivamente de atos em conjunto, para fazer e
ampliar a capacidade do Governo Municipal, Estadual e Federal, porque é uma
forma de prestar serviço, de dar incentivos às pessoas no sentido de buscarem o
conhecimento de que, muitas vezes, sem documento, não têm nem capacidade de
trabalhar!
Na semana passada mesmo,
eu encontrei uma pessoa com mais de 40 anos, Ver.ª Margarete Moraes,
analfabeta, que não tem documento algum! E, às vezes, a falta de conhecimento,
a falta de informação, faz com que essas pessoas vivam escondidas do
conhecimento público. Portanto, nós devemos incentivar esse tipo de
procedimento, que é, muitas vezes, comunitário. Nesse final de semana, por
exemplo, houve um ato nesse sentido, na Restinga, que tem uma população
dinâmica, uma população, muitas vezes, pobre e que não tem nem a capacidade de se
locomover, de ter uma passagem para vir ao Centro da Cidade tirar um documento.
Por isso, essas populações mais distantes
devem ter atividades constantes, devem ter procedimentos como, por exemplo, o
Tudo Fácil, a Fundação Gaúcha do Trabalho, o SINE, que são possibilidades de
essas comunidades se comunicarem facilmente, conseguirem documento facilmente,
conseguirem chegar até o Centro da Cidade.
Então, o Poder Municipal, o Poder
Estadual têm de criar alternativas para chegar facilmente a essas comunidades
mais distantes do Centro da Cidade que, às vezes, desinformadas, não sabem nem
que existe o Tudo Fácil, nem que o SINE tem a capacidade de lhes conseguir um
documento, uma carteira de trabalho! Então, essa comunicação deve ser ampliada.
Aproveitar, por exemplo, Ver.ª Margarete Moraes, os jornais de bairro, que têm
o auxílio do Poder Público, por meio do Orçamento Participativo. O próprio
Orçamento Participativo poderia dar a sua contribuição de informação para as
comunidades mais distantes.
Portanto, devemos elogiar esse tipo de
procedimento, que mostra a realidade, a realidade bem diferente de bairros mais
distantes, mais pobres e que têm imensas dificuldades para tirar um documento,
para serem notados, para terem a facilidade e, conseqüentemente, a sua vida
normal numa Cidade grande como Porto Alegre e as demais! Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Cláudio
Sebenelo está com a palavra em Comunicações.
O
SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, parece
que o inverno está indo embora, e, com ele, os perigos de um genocídio que o
frio faz no sul do Brasil, tão grande quanto o verão do Nordeste.
Hoje, na Emergência do Hospital
Conceição, nós temos mais de 110 pessoas esperando por um leito. Hoje, no
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, nós temos 102 pessoas esperando por um
leito. Ontem, na Emergência do Hospital Cristo Redentor, eu fui visitar um
paciente que tem dores atrozes, e, agora que foi atendido, a dor cedeu, mas ele
espera um leito neurológico há três, quatro, cinco dias e não consegue baixar.
Todos os hospitais da cidade de Porto Alegre estão superlotados. Hoje, o
Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas, está sendo interditado pelo
Conselho Regional de Medicina, por falta de condições de atendimento nas suas
Emergências e nos seus 240 leitos, tornando a assistência médica, na cidade de
Porto Alegre e região metropolitana um caos, uma guerra civil, em um panorama
insuportável de desumanidade do sistema.
Hoje atendemos uma senhora com dores
atrozes. Encaminhada para um especialista, marcaram-lhe uma hora para daqui a
um ano. No dia de hoje, foram suspensas todas as chamadas interconsultas de
especialistas no Grupo Hospitalar Conceição; e esse mesmo fato se dá em quase
todos os hospitais de Porto Alegre. Não sabemos mais o que fazer no meio desse
caos, no meio do sofrimento atroz dos pacientes, das queixas generalizadas dos
profissionais da área da saúde, que não têm condições mínimas de atendimento e
da espera insuportável em busca do impossível: um leito hospitalar para que as
pessoas possam ser dignamente examinadas, tratadas, e por fim, melhoradas em
suas condições. Essa condição de desumanidade vem sendo buscada, investigada,
denunciada desta tribuna e de outras tribunas, deste foro e de outros, há um
tempo, e vai havendo um fenômeno de acúmulo, um fenômeno de crescimento do
caos, e sem soluções à vista. É por isso que nós estamos estudando e vamos
encaminhar um pedido de CPI da saúde.
É inconcebível o que está acontecendo na
área da saúde em Porto Alegre. O próprio Hospital de Pronto-Socorro terá de
interromper o atendimento, porque o único tomógrafo que existe não funciona há
mais de um mês. Os pacientes são encaminhados a outros hospitais e perambulam
de hospital em hospital sem a solução dos seus problemas.
O
Sr. Isaac Ainhorn: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.)
O
SR. PRESIDENTE: Tempo encerrado.
O
Sr. Isaac Ainhorn: Quero, em primeiro lugar, cumprimentar V.
Exa., que tem sido, nesta Casa, um dos profundos estudiosos da questão da
saúde. Não é crível que um hospital de emergência do padrão do HPS tenha só um
equipamento de tomografia, de uma geração já discutível, há um mês paralisado.
Isso não existe! Isso é um desrespeito à cidadania dos porto-alegrenses. Muito
obrigado.
O
SR. CLÁUDIO SEBENELO: Muito obrigado pelo seu aparte. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Darci Campani
está com a palavra em Comunicações por transposição de tempo da Ver.ª Clênia
Maranhão.
O
SR. DARCI CAMPANI: Sr. Presidente, Ver. João Dib; demais
colegas presentes, nossos telespectadores do Canal 16, nós, neste espaço de
Comunicações, gostaríamos de voltar a nos posicionar em relação aos
transgênicos. Temos uma novidade, que é a Medida Provisória editada pelo
Governo Federal, e, antes de começar a expor o meu posicionamento, gostaria de
parabenizar o Correio do Povo, que, diferente do resto da imprensa, publicou,
hoje, um material nosso e, também na terça-feira, dia 23, uma notícia falando
que não só o transgênico é bom.
Nós temos visto os outros, principalmente
os órgãos de maior responsabilidade, de maior circulação - apesar de o Correio
do Povo ser o que mais tiragem tem -, colocando notícias só de um lado. Nós
temos duas matérias no Correio do Povo, falando que não existe, na opinião
pública, apenas um posicionamento sobre o assunto, e que há uma série de
técnicos, uma série de pessoas responsáveis que são contra a liberação dos
transgênicos.
A Medida Provisória editada veio para
liberar mais esta safra. Inclusive, eu não sei se não caberiam medidas mais
pesadas contra autoridades públicas que participaram de eventos, pressionando o
Governo Federal; o nosso Secretário de Estado da Agricultura participou de
evento pressionando o Governo Federal para a liberação da soja transgênica,
sendo que ela é tão proibida quanto a maconha, uma planta cujo plantio não é
permitido. Aposto que, se algum membro de um outro Partido estivesse num ato
público pela liberação do plantio da maconha, essa pessoa seria tremendamente
pichada, seria malhada publicamente por estar nesse ato, mas o nosso Secretário
de Estado da Agricultura estava lá, num ato público, defendendo a liberação da
soja transgênica, o que, em termos legais, não tem diferença nenhuma.
Nós não temos, simplesmente, um
posicionamento apaixonado - esse é outro ponto que nós gostaríamos de deixar
bastante claro.
Infelizmente, nós temos alguns colegas,
por mais que nós possamos trazer exemplos positivos sobre a nossa imprensa, que
são bastante covardes - não há nenhum outro termo para utilizar -, pois há
poucos dias, na Imprensa, Ver.ª Margarete Moraes, que está nos assistindo, um
jornalista, sem a mínima formação acadêmica, disse, no ar, que não sabia “o que
o tal do Campani poderia conhecer para estar falando na Câmara Municipal sobre
transgênicos”.
Eu sou engenheiro agrônomo há 25 anos;
mais os 4 anos de estudante. Estou há praticamente 30 anos na profissão, e
tenho bastantes conhecimentos acumulados; tenho competência técnica e a
competência que me é atribuída pela minha formação, pelo meu diploma. Agora,
não sei que jornalista tenha alguma competência técnica para questionar os meus
posicionamentos. E é uma posição covarde, porque fez o programa na rádio e não
abriu espaço, nem sequer nos procurou para apresentar um posicionamento
contrário. A gente, tranqüilamente, teria participado do programa, para fazer o
debate democrático. Algumas pessoas se dizem democráticas... Esse jornalista
parece que já saiu de uma outra emissora porque era muito radical. Parece que
acabou saindo por isso, mas continua na mesma linha de defesa radical do
capitalismo.
Como o nosso tempo está-se esvaindo, eu
gostaria de entrar precisamente na matéria que a gente hoje publica no Correio
do Povo. Tivemos oportunidade, inclusive, de mandar uma carta ao Sr.
Vice-Presidente, no sentido de que nós não podemos mais ficar assistindo a
agricultura ir para onde está indo. Esses senhores dizem que se combate fome
com transgênico - eu ouço isso profissionalmente há mais de 30 anos -, defendem
que a tecnologia vai resolver o problema da fome. Eu sou professor da área de
máquinas agrícolas; se pegarmos um pouquinho do dinheiro que está-se gastando
na pesquisa de transgênico e botar na modernização da nossa frota de
equipamentos agrícolas, se produzirá muito mais. Porque hoje - e é um dado que
já vem-se ouvindo há mais de 20 anos, no mínimo; a gente tem os dados do
Sindicato de Indústrias de Máquinas Agrícolas -, no mínimo, 50% da nossa safra
é perdida pela obsolescência da nossa frota de equipamentos ou por má adaptação
até, pois a nossa colheita é toda transportada em caminhões inadequados. Então,
se um pouquinho do recurso que está sendo gasto com a pesquisa de soja
transgênica passasse para a parte de máquinas agrícolas, a gente teria o dobro
de produtos na mesa do brasileiro, o dobro de produtos para exportação.
Então não é, simplesmente, uma questão
apaixonada; é uma questão de conhecer o que tem acontecido nesses últimos 30
anos. E discuto aqui que nenhuma pessoa que vive hoje da agricultura não tenha
um amigo, um parente, alguém conhecido, que foi expulso da agricultura,
exatamente por esse modelo econômico, independente de ser um pequeno, médio ou
um grande agricultor. Nós tivemos expulsas da agricultura pessoas honestas,
pessoas sinceras que trabalhavam na agricultura, mas esse modelo os expulsou.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Clênia
Maranhão está com a palavra em Comunicações.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, queria ocupar o tempo de que disponho para me referir a alguns
fatos dramáticos que atingiram, nesse final de semana, uma série de famílias do
nosso Estado e da nossa Cidade. A imprensa registrou 11 mortes por acidentes no
nosso Estado neste final de semana. As vítimas são jovens entre 14 e 25 anos.
Hoje, talvez nenhuma família no nosso País não tenha sido vitimizada pelos
acidentes de trânsito. Talvez não haja ninguém neste País que não tenha perdido
um parente ou um amigo em um acidente nas estradas ou nas ruas da Capital.
Penso que todas as discussões que foram
feitas até agora - e as construções das legislações -, não tenham sido
suficientes para impedir o crescimento dos acidentes que atingem, fundamentalmente,
jovens e adolescentes. Portanto, é preciso que cada vez mais possamos,
discutindo, procurar a construção de novas leis e, fundamentalmente, a
implantação de novas políticas públicas para o cumprimento das leis existentes,
para minimizar essa verdadeira guerra em que vive o País e que atinge os nossos
jovens.
Se olharmos quem são esses jovens que
morrem e onde eles morrem, vamos ver que normalmente os acidentes acontecem no
período da noite, nas saídas das festas. E se nós passarmos hoje, por exemplo,
em Porto Alegre, em qualquer bar da Cidade, em qualquer restaurante, em
qualquer danceteria, nós vamos ver jovens menores de 18 anos ingerindo álcool
ou drogas ilegais.
A nossa luta tem de ser, neste momento,
fundamentalmente, no sentido de unificar as forças do Poder Público, da
sociedade civil, das entidades e dos familiares, para reforçarmos uma política
de fiscalização no que se refere à venda de bebidas alcoólicas aos jovens,
inclusive menores de idade, o que fere frontalmente o cumprimento do Estatuto
da Criança e do Adolescente.
Eu recordo que neste carnaval a Fundação
Thiago Gonzaga fez uma ação pontual, que foi a distribuição de bafômetros nas
portas dos bailes carnavalescos e a tentativa de substituição dos motoristas
que não passavam pelo bafômetro, para que eles não dirigissem os seus
automóveis. Que simples essa medida! E que importante essa atuação da Fundação
Thiago Gonzaga! Porém, nenhuma entidade da sociedade civil ou o conjunto das
entidades da sociedade civil, por mais esforços que façam, não conseguem
enfrentar o problema de evitar que o jovem que bebeu durante uma festa dirija o
automóvel, ponha em risco sua vida e a vida das outras pessoas.
Eu penso que temos de fazer uma pressão
enorme sobre o Poder Público para que ele reforce o sistema de fiscalização da
venda de bebidas alcoólicas e da fiscalização nas portas dos estabelecimentos
de lazer de Porto Alegre.
Não é mais possível tratar isso de uma
forma pontual. Não é mais possível tratar isso de uma forma isolada, de um
Partido ou outro, ou de um poder ou outro. É hora de nós colocarmos essa
questão como um tema central de defesa da vida de uma juventude que se mata e
que mata as pessoas nas noites, e que põe as suas famílias em absoluta
desagregação posterior.
Para concluir, Sr. Presidente, eu penso
que deveríamos pensar uma ação nesta Casa, talvez juntando a atuação das
Comissões Técnicas para enfrentar este problema em Porto Alegre.
(Não revisto pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Dr. Goulart
está com a palavra em Comunicações.
O
SR. DR. GOULART: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, quão longa é a caminhada daqueles que se preocupam com a Saúde!
Como é difícil a caminhada quando o leitmotiv
das nossas vidas é a Saúde!
Imaginem os senhores que existe um bairro
bem distante daqui do Centro, onde moram milhares de pessoas, que se chama
Restinga. Lá na Restinga, há duas unidades sanitárias, dois postinhos de saúde,
entrada do SUS: um na conhecida antigamente como Restinga Velha, e outro na
Restinga Nova. Eles atendem um número de pacientes agendados.
Mas existe um outro ponto de saúde
pública, que é uma unidade 24 horas, conhecido como Posto da ULBRA, postinho 24
horas da ULBRA.
O postinho 24 horas da ULBRA atende SUS
e, portanto, atende à humanidade. Quem atende SUS atende a qualquer pessoa viva
que esteja em solo brasileiro. Ela pode ser brasileira ou pode ser estrangeira;
ela pode ter emprego, como pode não ter emprego, porque ninguém mais contribui
para o SUS, ninguém mais contribui para a Saúde de maneira específica; o
dinheiro que mantém o SUS é o dinheiro dos impostos e da seguridade social. Não
existe mais aquela carteirinha creme do SUS. E lá nós temos uma ilha de Saúde,
que é o Posto da ULBRA. Lá nós temos uma ilha boa de Saúde, que é o Posto da
ULBRA.
No ano de 2002, atenderam 160 mil
consultas! Sim, 160 mil consultas foram atendidas no postinho 24 horas da
ULBRA. Lá se dá ponto, lá se faz nebulização, lá se tira dor, se tranqüiliza
quem acha que está doente e que pode não estar tão doente assim. Lá fizeram-se
80 partos, mas o postinho da ULBRA não é maternidade! Mas fizeram-se 80 partos,
Presidente João Antonio Dib, porque as crianças estavam no nascedouro, com a
bolsa provavelmente rota, estavam nascendo, e lá nasceram 80 crianças no posto
da ULBRA. O posto da ULBRA atendeu 160 mil consultas no ano de 2002! Por que
estou dizendo isso? Porque o posto da ULBRA vai fechar! Porque o posto da ULBRA
da Restinga está prestes a fechar as suas portas, Presidente João Antonio Dib!
Por quê? Porque teria um acerto com a Prefeitura de Porto Alegre, que isentaria
os serviços de saúde da ULBRA de Porto Alegre de determinadas taxas que são
dispensadas àquelas instituições que trabalham de maneira filantrópica, para
garantir isso que o Governo não consegue. O Governo vai gastar muito para botar
um outro posto 24 horas. Eu acho até que o Governo nem vai botar posto 24 horas
lá na Restinga. E a Restinga é muito longe do Centro. Lá se resolvem 85% dos
problemas sem precisar vir para o Centro; só 15% vem para o Centro. O Posto 24
horas da ULBRA vai fechar! Pasmem! Apavorem-se! Briguem! Reclamem! Delatem!
Cento e sessenta mil consultas no ano passado! Neste ano, vai passar de 160
mil. Não se pode nem cogitar em fechar o Posto da ULBRA 24 horas, porque há de
ser um desastre, e aquela gente da Restinga não merece. Ninguém merece que se
feche um posto de uma unidade de saúde, muito menos 24 horas, com todas as
qualificações que eu falava. Eu fiz um plantão espontâneo e voluntário no
postinho da ULBRA 24 horas; é uma maravilha. Não pode fechar, Presidente João
Antonio Dib.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Elói Guimarães
está com a palavra em Comunicações por cedência de tempo do Ver. Elias Vidal.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e
Vereadoras, eu continuo examinando a passarela do carnaval. Estive com S. Exa.
o Sr. Prefeito Municipal, agora, na quinta-feira, levando-lhe as nossas
preocupações, o nosso ponto de vista, a nossa visão sobre a questão, e disse-lhe:
“A Câmara aprovou”. A Câmara aprovou, é bom que se diga, Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Foi publicada hoje nos jornais, e nada tem uma coisa a ver com a
outra, é bom que se diga, a notícia, a informação, acerca das dificuldades com
licitação, etc., etc. e tal. Mas é bom que se diga, para que dúvidas não
persistam, que o Sr. Prefeito Municipal me reafirmou: “Não há solução, já há
início de obras, e nós vamos continuar nessa linha”. Eu disse a S. Exa.: “Eu
vou continuar, Sr. Prefeito Municipal, chamando a atenção para isso, que eu até
não gostaria que acontecesse, mas que pode ocorrer - certamente ocorrerá -, que
é para se fazer uma passarela do samba, porque não será pista de eventos: daqui
não sai o acampamento Farroupilha”. E, se não sai o acampamento Farroupilha
daqui da Estância da Harmonia, o desfile também não sai, pela sua logística.
Daqui não sai o desfile militar, também por razões históricas e tal. Amanhã,
vem outro Prefeito – pode ser do mesmo Partido, estou conjeturando -, vem a
pressão daqui, Ver. Zé Valdir, “construiu-se lá, para lá foi o carnaval”, vem a
pressão daqui e de repente está saindo uma pista aqui. Olhem só, nós não temos
recursos, não temos dinheiro, não temos disponibilidade para, em um determinado
momento, construir dois pólos, duas pistas. Por que eu estou trazendo essa
questão? Porque trata-se de interesse público.
Eu estou a serviço da Cidade e do
interesse público, na defesa dos recursos públicos, porque estou tendo a visão
clara de que dali não sai o desfile Farroupilha, vem crescendo o movimento
Farroupilha.
Gosto de carnaval, sou a favor de
carnaval, o carnaval merece uma pista, mas o grande acontecimento do Estado é a
Semana Farroupilha, aliás, nem é Semana Farroupilha, é o mês Farroupilha; são
muitas festas por esse interior. Por aqui devem ter transitado, passado,
envolvidos com a Semana, um milhão de pessoas. Quando o turismo descobrir essa
grande festa, uma das maiores festas do País, hoje, virão todos para cá. Então,
ninguém vai tirar daqui o desfile Farroupilha e, de resto, o desfile Militar.
O
Sr. Zé Valdir: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Eu tenho para mim que “acampamento” e “evento” são coisas
diferentes, são coisas incompatíveis. Evidente que, mesmo que a Pista de
Eventos fosse no Centro, não se poderia fazer um acampamento numa pista; são
coisas diferentes. Uma coisa é um acampamento, tem uma natureza própria; evento
é outra coisa. Não se pode - obviamente não se pode -, mesmo que a Pista de
Eventos fosse no Centro, fazer um acampamento numa pista de eventos.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Vereador, talvez V. Exa. não tenha ouvido
bem o meu discurso. Eu digo que aqui existe o acampamento Farroupilha. O
acampamento Farroupilha é a logística do desfile Farroupilha. Agora, se o
desfile Farroupilha não é um evento, eu não sei o que é evento. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Mesa deseja
comunicar à Casa que recebeu belíssimo material em torno da 4ª Bienal do
Mercosul, que diz o seguinte: (Lê.) “O sonho de criar o maior evento das
Américas, abordando arte latino-americana tornou-se realidade. As três mostras
realizadas em 1997, 1999 e 2001, transformaram o Brasil no pólo cultural do
Mercosul. Para concretizar esse sonho, a Fundação Bienal de Artes Visuais do
Mercosul contou sempre com apoio tanto dos Governos Federal, Estadual e
Municipal como de empresários e da comunidade cultural.
Convidamos sua organização - portanto, a
Câmara Municipal – a participar conosco da 4ª Bienal do Mercosul. Este caderno
apresenta sucintamente o evento e um amplo leque de oportunidades, que abrangem
ações de comunicação empresarial e de relacionamento, possibilidades de
deduções fiscais, além do atendimento às importantes demandas da
responsabilidade social”. O próprio Presidente da República estará presente na
abertura, que ocorrerá no próximo sábado, dia 04. Diz aqui em uma das revistas
da Bienal do Mercosul: (Lê.) “A Bienal do Mercosul renovou a sua condição de
evento internacional ao ganhar destaque na 24ª Reunião de Cúpula do Mercosul.
No encontro, que reuniu Chefes-de-Estado de sete países, em Assunção no
Paraguai, o Presidente Luís Inácio Lula da Silva fez questão de referir a
mostra em o seu discurso e apresentar a comitiva da Fundação Bienal, que se
deslocou para divulgar a exposição. Em seu pronunciamento aos Presidentes
Néstor Kirchner, Argentina; Nicanor Duarte, Paraguai; Jorge Battle Ibáñez,
Uruguai; Ricardo Lagos, Chile; Sánchez de Lozada, Bolívia; Hugo Chaves,
Venezuela e Lula, Brasil, o presidente da Fundação Bienal, Renato Malcon,
destacou que ‘o evento constitui uma ferramenta preciosa ao aprofundamento das
relações políticas, sociais, culturais e cívicas entre os países do bloco’”.
Pela quarta vez, nós teremos a Bienal do
Mercosul em Porto Alegre, como foi dito, com o apoio do Governo Federal,
Estadual e Municipal, e, mais uma vez, Porto Alegre é colocada no mapa
universal. Parabéns e sucesso pleno à direção da Fundação Bienal do Mercosul.
Espero que os Vereadores, a partir do dia 04, também acompanhem os acontecimentos
da Bienal.
O Ver. Wilton Araújo está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, e Srs.
Vereadores, em especial a Sra. Vereadora Margarete Moraes, que esteve na
tribuna, na semana passada, falando e garantindo, pelo Governo, que o carnaval
será no Porto Seco. O Porto Seco é uma área grande que tem várias e inúmeras
ruas, empresas, avenidas, descampados de um lado.
A Vereadora foi
determinada, objetiva, positiva, só que não disse em que parte do Porto Seco
será o carnaval.
Talvez, notadamente inteligente, tenha
deixado nas entrelinhas que será no Porto Seco, mas não será na Pista de
Eventos, porque ela não estará pronta, nem sequer os projetos estão prontos.
Portanto, não teremos a Pista de Eventos;
não teremos os barracões prometidos, e o compromisso firmado pelo Prefeito
Verle de que estariam prontos e concluídos para o carnaval de 2004, também não
teremos! Não teremos os barracões!
E, hoje, na imprensa local, está
estampada a foto de como está e o que é a Pista de Eventos: uma enormidade de
arbustos que, há três meses, estivemos a visitar. Eles permanecem tal qual
naquele momento. Só capoeiras, Ver. Sebenelo!
Não há um movimento sequer da burocracia
do Paço Municipal para se iniciarem as obras ou as licitações.
Disse, também, a matéria do jornal de
hoje, que foi frustrada a licitação, e que nenhuma empresa quis participar.
Algum problema há aqui. Temos experiência nessa área de licitações. Há problema
aqui: é o preço, é acerto prévio, é dificuldade, há alguma coisa! Não é em vão
que não se apresenta nenhuma empresa.
Com a dificuldade enorme que se vê hoje,
onde o dinheiro não existe, onde as obras são escassas, nenhuma empresa quis
participar, Ver. Zé Valdir, lá na área do Porto Seco, onde V. Exa. tem grande
atuação.
Quero dizer, com toda a responsabilidade
que tenho, de Líder de um Partido, de Vereador no 4º mandato, de ex-Secretário
de Obras e ex-Presidente desta Casa: não vai haver o carnaval lá naquela
localidade. A única hipótese que estamos vendo, assistindo ser montada e
engendrada é a da expulsão do carnaval do Centro da cidade de Porto Alegre,
colocando-o na periferia, que é lugar de carnaval e manifestação de negro!
Porque, aqui, vai-se manter o MTG, o desfile Farroupilha, vai-se manter o
desfile do Exército, da Brigada...! Nada contra a manutenção, mas por que só o
carnaval vai para a periferia? E vai para a periferia sem a mínima condição de
desfile! Não tem pista! Não tem barracão! Sabe o que estão querendo fazer, Ver.
Dr. Goulart? Asfaltaram uma rua, uma rua comum do lado do Porto Seco e querem
levar o carnaval para lá, sem arquibancada, sem barracão, sem pista, sem
logística para transporte de toda essa massa, de toda essa multidão.
E, mais uma vez, a discriminação se
manifesta de forma objetiva por parte do Governo Municipal. Não dão propriedade
para as escolas de samba nas suas quadras de ensaio e, também, agora, mais uma
vez, a Pista de Eventos, Ver.ª Margarete Moraes, apesar da sua vontade, apesar
de todo o seu esforço, vai ser um movimento de discriminação, e certamente os
carnavalescos não vão aceitar.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Haroldo de
Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, eu não concordo com o Ver. Wilton Araújo, que afirma haver
discriminação em função de a Pista de Eventos estar sendo programada para o
Porto Seco, levando o carnaval para a periferia, mesmo por que nós, aqui,
votamos - o Ver. Elói Guimarães deve estar por aqui -, para que a Pista de
Eventos seja construída lá no Porto Seco. Então, a responsabilidade é nossa de
termos votado aqui e colocado a Prefeitura em condições de fazer essa Pista de
Eventos lá.
Agora, quando terminou o carnaval de
1986... Eu já disse que em 89, 90, 91, 92, 93, e assim por diante, nós vamos
continuar improvisando as arquibancadas no arma e desarma, arma e desarma,
causando esse rebuliço danado aqui na Av. Augusto de Carvalho. Isso é ponto
pacífico. E no jornal, hoje, está aqui: “Pista de Eventos não ficará pronta
para o Carnaval de 2004”. E o termo é esse mesmo, sacanagem é entregar lá uma “pistinha” para os
carnavalescos desfilarem sem nenhum barracão armado. Então, que se volte para a
Pista na Av. Augusto de Carvalho. Porque a história da passarela do samba ou a
Pista de Eventos tem vários capítulos, e o mais novo é de que os militares e os
tradicionalistas não aceitarão desfilar na Pista de Eventos programada para o
Porto Seco. Se os militares e os tradicionalistas não irão para lá, e se essa
decisão é oficial por parte do Exército e dos tradicionalistas, nós temos de
repensar de novo a Pista de Eventos, já que não foi feito absolutamente nada
lá, segundo o depoimento do Ver. Wilton Araújo. Então, se não foi gasto nada lá
ainda, vamos começar a falar tudo de novo, vamos começar a conversar tudo de
novo, vamos vir aqui na hora em que estiver o plenário cheio de carnavalescos e
vamos desfilar discursos de cinco minutos de todos nós de novo, principalmente
porque o ano que vem é o ano das eleições, e, sendo um ano das eleições, é um
palanque fantástico o carnaval, para quem gosta desse jeito de fazer política.
Agora, se nós, a sociedade, o político, a
Prefeitura, os Vereadores, os carnavalescos, os militares, os tradicionalistas,
se nós não temos condições de decidir sobre uma pista de eventos, sobre os
outros problemas sociais mais graves da Cidade é que nós não iremos ter.
Seremos nós irresponsáveis? Seremos nós incompetentes? Não sei! Fica uma
pergunta colocada. Será que a incompetência e a má vontade política é que nos
levam a ter essas situações? De novo nós vamos começar a conversar sobre Pista
de Eventos em Porto Alegre. Mas que diabo! O carnaval não seria lá na Pista de
Eventos, não tinha sido decidido, não foi votado aqui? Agora, os
tradicionalistas e os militares não querem, e nós erramos quando votamos esse
Projeto?
Então, vamos admitir o nosso erro de,
açodadamente, aprovar esse Projeto. E eu estou pensando em fazer um Projeto de
construção de arquibancadas fixas na Augusto de Carvalho - Sr. Presidente, Ver.
João Antonio Dib, acho que é isso que o senhor também pensa - que libere
inclusive o trânsito nos dias de carnaval, durante o dia. É a coisa mais fácil
que há. Arquibancada fixa acaba com a despesa que o carnaval acarreta todos os
anos e, conseqüentemente, resolvendo o problema das escolas de samba. Resolvido
o problema das arquibancadas fixas na Augusto de Carvalho, até com algumas
escolas por baixo, sei lá, alguma exploração de creche ou coisa parecida, nós
teríamos o problema dos barracões. Mas isso é um outro problema para ser
atacado depois, porque agora é a Pista de Eventos.
Recebi um e-mail que diz o seguinte: “Que negócio é esse de alterar o
itinerário da Linha T1, justo agora que tinha até um prédio a mais na quadra?
Usuários, contribuintes, cidadãos que vinham direto da Ipiranga para a Justiça
Federal e o Tribunal Regional Federal... Isso sem falar nos servidores dos
prédios que muitas vezes deixam, ou deixavam de vir de carro ou de carona,
porque havia um ônibus com parada que contemplava esses dois prédios!” Está aí.
Ao invés de resolvermos problemas, nós criamos outros! É preciso recuperar a
Linha T1, para que venha direto pela Ipiranga, com destino aos prédios da
Justiça Federal e Tribunal Regional Federal; contribuintes e servidores exigem
essa providência.
E, na parte que me toca, não como
Vereador, mas como contribuinte, está na hora de todos nós passarmos um
“lustrozinho” no rosto, um pouquinho mais de disposição, e, quanto a essa Pista
de Eventos, por favor, nós não vamos ter de novo a novela se arrastando. Por
gentileza, não! Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com
aparte)
1.ª
SESSÃO
PROC. 4338/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 321/03, de autoria do
Ver. Sebastião Melo, que institui a Semana Municipal de Prevenção e Combate à
Osteoporose no Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emenda
n.º 01.
PROC. 4339/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 322/03, de autoria do
Ver. Sebastião Melo, que dispõe sobre a garantia de vagas em creches e
estabelecimentos escolares e pré-escolares municipais e conveniados para as
crianças menores de doze anos, filhos de pais que se encontram em situação de
cárcere. Com Emenda n.º 01.
PROC. 4402/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 336/03, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que denomina Rua Silvestre Sauter um logradouro público
cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC. 4403/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 337/03, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que denomina Rua Elmo Born um logradouro público
cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC. 4404/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 338/03, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que denomina Rua Antonio Jorge da Silva um logradouro
público cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC. 4406/03 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 081/03, de autoria da Ver.ª
Maristela Maffei, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto
Alegre ao Senhor Victor José Cibelli Castiel.
PROC. 4448/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 342/03, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que dispõe sobre incentivo fiscal às empresas que
admitem empregados com idade superior a 50 (cinqüenta) anos e dá outras
providências.
PROC. 4449/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 343/03, de autoria do Ver. Carlos Pestana, que
institui a Semana Municipal da Habitação e dá outras providências.
PROC. 4589/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 352/03, de autoria do
Ver. Beto Moesch, que dispõe sobre a realização de feiras e exposições de
animais domésticos, silvestres e exóticos e dá outras providências.
PROC. 4847/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 364/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Parque Reserva do Ibirama um
logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
PROC. 4869/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 365/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Rufino Antonio Monteiro os logradouros
públicos cadastrados, conhecidos como Rua 14 e Rua 17, localizados no Bairro
Sarandi.
2.ª
SESSÃO
PROC. 3639/01 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 245/01, de autoria da
Ver.ª Clênia Maranhão, que denomina Rua Ubirajara Lemos Machado um logradouro
público não-cadastrado, localizado no Loteamento Chapéu do Sol.
PROC. 3640/01 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 246/01, de autoria da
Ver.ª Clênia Maranhão, que denomina Rua Amadeu Oliveira da Silva um logradouro
público não-cadastrado, localizado no Loteamento Chapéu do Sol.
PROC. 4340/03 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 076/03, de autoria do Ver.
Marcelo Danéris, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto
Alegre ao Senhor Moacyr Jaime Scliar.
PROC. 4719/03 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 040/03, que autoriza o Poder
Executivo Municipal, através da Fundação de Assistência Social e Cidadania -
FASC, a firmar contrato de colaboração financeira não reembolsável com o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, para financiamento do
Projeto Integrado de Atenção a Crianças e Adolescentes em Situação de Risco
Social nos Municípios da Grande Porto Alegre, e dá outras providências.
PROC. 4771/03 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 086/03, de autoria do Ver.
João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Líder Esportivo ao
Radialista Luiz César Gomes de Freitas.
PROC. 4223/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 259/03, de autoria do
Ver. Luiz Braz, que altera a redação dos §§ 3.º e 4.º e inclui § 6.º no art.
1.º da Lei n.º 6.091, de 14 de janeiro de 1988, e alterações posteriores, que
regula o serviço de transporte escolar no Município de Porto Alegre, revoga as
Leis n.os 4.617, de 29 de outubro de 1979, e 5.743, de 8 de janeiro
de 1986, e dá outras providências.
PROC. 4332/03 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 075/03, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que concede
o título honorífico de Honra ao Mérito Atlético à Ginasta Daiane dos
Santos.
PROC. 4401/03 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 080/03, de autoria da Ver.ª
Margarete Moraes, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao
Músico Luis Vagner Lopes.
PROC. 4422/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 341/03, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que autoriza o Executivo Municipal a realizar o plantio
de árvores frutíferas em todas as praças e parques da cidade de Porto Alegre.
PROC. 4604/03 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 039/03, que institui o
Programa Municipal de Fomento às Cooperativas Habitacionais de Porto Alegre.
3.ª
SESSÃO
PROC. 3211/02 -
SUBSTITUTIVO N.º 01, que institui, no Município de Porto
Alegre, o programa que se denominará “Disque Solidariedade” e dá outras
providências, ao PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 201/02, ambos de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia.
PROC. 4295/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 305, de autoria do Ver. Zé
Valdir, que denomina Rua Santa Rosa de Lima um logradouro público cadastrado,
localizado no Bairro Rubem Berta.
PROC. 4363/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 326/03, de autoria do
Ver. Ervino Besson, que institui o Dia do Irmão no Município de Porto Alegre.
PROC. 4412/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 340/03, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que
denomina Rua Atalicio Ferreira de Borba um logradouro público não-cadastrado,
localizado no Bairro Mário Quintana.
PROC. 4418/03 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 016/03, de
autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que altera a Lei Complementar n.º 12, de
07 de janeiro de 1975, que institui posturas para o Município de Porto Alegre e
dá outras providências.
PROC. 4501/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 344/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Capitão Rui de Vargas um logradouro
público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
PROC. 4513/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 345/03, de autoria do
Ver. Ervino Besson, que denomina Praça Nestor Lopes um logradouro
não-cadastrado, localizado no Bairro Aberta dos Morros.
PROC. 4519/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 346/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Adda Luiza Eifler Cordeiro um logradouro público cadastrado,
localizado no Bairro Sarandi. Com Emenda
n.º 01.
PROC. 4581/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 351/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua do Pampa um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
PROC. 4590/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 353/03, de autoria do
Ver. Beto Moesch, que denomina Rua Hermann Mathias Görgen um logradouro público
cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
PROC. 4609/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 354/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Serra da Capivara um logradouro
público não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
PROC. 4610/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 355/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Serra da Mocidade um logradouro
público não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
PROC. 4688/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 358/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Lagoa do Peixe um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
PROC. 4689/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 359/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Serra do Cipó um logradouro público não-cadastrado, localizado no
Bairro Sarandi.
PROC. 4690/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 360/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Fernando Paza um logradouro público
cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
PROC. 4699/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 362/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Alfonso Klüsener um logradouro público
cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
PROC. 4743/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 363/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Parque Reserva do Açungui um
logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Raul Carrion
está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. RAUL CARRION: Exmo. Ver. João Antonio Dib, Presidente
desta Casa, demais Vereadores, Vereadoras, todos que nos assistem, aqui e nas
suas casas, através da TVCâmara. Entre os inúmeros projetos de interesse que
tramitam e que estão hoje na Pauta, eu queria começar me referindo ao Projeto
de iniciativa do Executivo que institui o Programa Municipal de Fomento às
Cooperativas Habitacionais de Porto Alegre.
Na verdade, esse tema, o tema objeto
desse Projeto já tramita nesta Casa há cerca de dez anos, inicialmente através
de um Projeto do ex-Vereador João Motta, que apresentou em 1993 o seu Projeto
tratando dessa questão. Posteriormente, em 1997, ele apresentou um
substitutivo, já de nº 02. Esse Projeto foi arquivado. Quando assumimos o
mandato em 2001, nós tínhamos a intenção de dotar a cidade de Porto Alegre,
Ver. Zé Valdir, de uma legislação sobre a questão, porque o cooperativismo é um
dos caminhos extremamente importantes para enfrentarmos o déficit habitacional.
Constatamos, inclusive, por ocasião do exame do problema da cooperativa do
IPÊ-Glória, que não havia nenhum mecanismo de repasse de verbas públicas para
as cooperativas, apesar de já existir em nível estadual por iniciativa do
Governo Olívio Dutra.
Então nós, ao iniciarmos a pesquisa para
construir um Projeto, constatamos a existência do Projeto do Ver. João Motta, e
achamos que deveríamos levar em conta a sua contribuição, a sua tramitação
aqui, a discussão que o movimento já tinha acumulado. Nós o consultamos, e ele
nos deu o aval para desarquivar o Projeto. Em cima disso, durante dois anos
trabalhamos na construção de um Substitutivo junto com o foro das cooperativas,
discutimos com o Poder público Municipal, com as cooperativas, e construímos o
Substitutivo nº 3, que já estava pronto para votação. Nesse entretempo fomos
procurados pelo Sr. Prefeito Municipal, que nos ponderou o interesse do
Executivo, Ver. João Antonio Dib, de encaminhar a esta Casa um Projeto nos
termos acordados com o Movimento Cooperativo e nos termos já construídos conosco,
e se nós tínhamos acordo nesse sentido para retirar o Projeto que estávamos
trabalhando. Imediatamente concordamos, porque o nosso interesse não é de
paternidade, Ver. Elói Guimarães, mas é um interesse no sentido de que a
comunidade tenha um instrumento de cooperativismo habitacional.
Portanto, nós acreditamos que esse
Projeto merecerá a atenção e o empenho dos demais Vereadores, pois ele é
extremamente positivo. Ele permite o repasse, Ver.ª Maristela Maffei, que é uma
batalhadora na área da habitação, o repasse direto de recursos para as
cooperativas. Nós sabemos que, muitas vezes, a licitação pública encarece
enormemente os custos, então as cooperativas, de forma a serem fiscalizadas,
repassam mediante comprovação o andamento das obras. Ele cria uma situação
diferenciada para as cooperativas que ganham até 5 salários mínimos, com mais
vantagem sobre as que ganham até 12 salários mínimos. Ele envolve capacitação
de cooperativas, assessoria técnica, jurídica, urbana, habitacional. Ele
envolve, hoje, só em Porto Alegre, 64 cooperativas cadastradas no DEMHAB, com
um processo de aquisição de áreas na ordem de quase 300 hectares, atendendo a
nove mil famílias, somando em torno de 25 mil pessoas. Então, nós esperamos que
a Casa contribua, mas que tenhamos uma tramitação ágil para permitir que no
próximo ano as cooperativas já possam demandar junto ao Orçamento
Participativo, junto às verbas federais, estaduais e municipais. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Chamo a atenção dos
Srs. Vereadores que amanhã, às 19h, haverá uma Sessão Solene em homenagem aos
Capuchinhos, que completam, exatamente no dia de amanhã, 100 anos em Porto
Alegre. É uma proposição do Ver. Juarez Pinheiro.
O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a
palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, hoje,
em última Sessão de Pauta, continuam ainda tramitando dois Projetos de nossa
autoria. O Disque Solidariedade, que é um Projeto que entendemos de alta relevância
social, porque é um Projeto que faz uma interface com a Fundação de Assistência
Social Comunitária, fazendo com que qualquer cidadão de Porto Alegre, seja
entidade jurídica ou pessoa física, possa colaborar com esse Disque
Solidariedade.
O que propõe o Disque Solidariedade? O
Disque Solidariedade recebe doações das mais diferentes naturezas, como, por
exemplo, materiais de construção, gêneros alimentícios não-perecíveis, órteses,
próteses, bibliografia em geral, móveis, roupas. Então, aquilo que os senhores
e senhoras imaginarem, a população de Porto Alegre, por meio desse Projeto, o
Disque Solidariedade, poderá fazê-lo.
Nós tivemos o cuidado, ao elaborar esse
Projeto, de colocar a Fundação de Assistência Social e Comunitária como o órgão
centralizador. É importante, também, ressaltar que tivemos o cuidado que as
entidades que queiram receber esse tipo de doação devam estar cadastradas na
FASC, porque aí a FASC tem condições de verificar, para cada tipo de doação,
qual a entidade filantrópica que vai recebê-la. Mas eu volto a dizer que esse
Projeto tem um grande cunho de relevância social.
Existe um ditado que diz que ninguém é
tão pobre que não tenha nada para dar. E é dentro desse espírito, já que este
ano se fala tanto em Fome Zero, de erradicar a fome no nosso País, que nós
estamos propondo de maneira simples e singela esse Projeto, que vai permitir
com que aquelas pessoas que queiram fazer as suas doações possam fazê-las, e eu
volto a repetir, sejam pessoas de natureza física ou jurídica.
Então, imaginem, os senhores e as
senhoras, que foi feita uma obra e existem lá vários elementos de construção
civil: tijolos, sacos de cimento, telha, madeira; basta entrar em contato com o
Disque Solidariedade e esse material passará para a FASC, e a FASC vai entregar
para alguma instituição.
Aquela instituição que fez uma grande
campanha do agasalho, pode, também, entrar em contato com o Disque
Solidariedade, pela Fundação de Assistência Social e Comunitária, e ela
repassará para as entidades cadastradas.
Então, nós voltamos a colocar - e
insistimos muito - que esse Projeto tem uma alta relevância social e que vai
despertar na população uma forma simples de poder ajudar aqueles que mais
necessitam. Hoje, se discutiu, aqui, a questão dos moradores de rua, e uma
moça, a Marina - ex-moradora de rua - disse: “Olha, nós queremos assistência
social e não assistencialismo”. E isso é uma forma de ajudar, mas num órgão
centralizado, que vai poder captar isso.
E, para finalizar, nós vamos fazer uma
outra abordagem, de maneira rápida, de um outro Projeto nosso, que prevê que
todo e qualquer envolvimento com cercamento de qualquer logradouro público -
praças, parques - tenha que passar, primeiro pelo Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano e, depois, por um plebiscito, ou seja, votação pela
totalidade da população. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Maria Celeste
está com a palavra para discutir a Pauta.
A
SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, o Projeto em Pauta que gostaria de discutir, hoje, é o Projeto de
Lei de Executivo nº 040/03, que está em 2.ª Sessão de Pauta, que autoriza o
Poder Executivo Municipal, através da Fundação de Assistência Social e
Cidadania - FASC, a firmar contrato de colaboração financeira não-reembolsável
com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, para
financiamento do Projeto Integrado de Atenção a Crianças e Adolescentes em
Situação de Risco Social nos Municípios da Grande Porto Alegre, e dá outras
providências.
Na semana passada, na reunião da Comissão
Especial que trata do uso de bebidas alcoólicas e drogas por parte de crianças
e adolescentes, bem como a questão da exploração sexual infantil em crianças e
adolescentes em situação de rua, Comissão a qual o Ver. Carlos Alberto Garcia
preside, nós, Vereador-Presidente, tivemos a presença da Sra. Sílvia Juliane,
representando a FASC, e que nos trouxe como relato uma questão muito importante
e que viemos constatando na nossa saída, in
loco, quando fomos ao Viaduto Imperatriz Leopoldinense, e lá, conversando
com aqueles jovens que lá estavam, verificamos, na prática, que entre eles
haviam adolescentes que não eram do Município de Porto Alegre. Por que faço
essa referência? Porque quando a representante das FASC Sílvia Juliane esteve
conosco, ela colocava justamente a problemática da situação de rua das crianças
e adolescentes da nossa Cidade. Quando vai-se fazer um trabalho, como o
trabalho do Serviço de Educação Social de Rua – SESRUA, que vai abordar e tem
dados já de dois anos cumulativos, que já tem um número de crianças e
adolescentes - aproximadamente seiscentos - que vivem em situação de rua na
nossa Cidade, constata-se que em torno de 40% ou 50% dessas crianças não são
filhos de homens e mulheres da cidade de Porto Alegre. São crianças e
adolescentes oriundos de outras cidades, como Viamão, Gravataí, Alvorada,
Guaíba, Cachoeirinha, enfim, da Grande Porto Alegre.
Esse Projeto vem justamente trazer para
esta Casa a possibilidade de que se consigam recursos junto ao BNDES justamente
em cima dessa ação articulada, dessas cidades que constataram o problema. Porto
Alegre não pode mais dar conta, sozinha, de uma situação de crianças e
adolescentes que não são de Porto Alegre, mas são das cidades vizinhas.
Então, uma alternativa que esse grupo já
vem discutindo há muito tempo, é que se possa fazer um programa integrado, um
programa em rede, articulado com as cidades da Grande Porto Alegre, que é isso
que o Governo Municipal coloca, efetivamente, na prática, e traz, para esta
Casa, para análise de todos nós Vereadores.
Certamente, este Projeto será muito bem
trabalhado aqui e aceito por todos nós, uma vez que já há uma comissão
trabalhando, se debruçando em cima dessa questão, propondo, por meio da
relatoria e de ações, questões importantes sobre a questão da infância no
Município de Porto Alegre.
Essa é uma das ações que eu queria
relatar para os nobres pares, dentro desse contexto de enfrentamento à questão
das crianças e adolescentes de rua em Porto Alegre.
Há mais duas ações que já estão sendo
discutidas pelo Executivo com as entidades não-governamentais, uma delas é a
questão da política articulada intersecretarias, na qual dez secretarias, que
trabalham as questões das políticas sociais, fazem um trabalho articulado e
fazem já, em Porto Alegre, a articulação e a rede de atendimento a esse tipo de
população que está excluída de todo o atendimento da nossa Cidade.
E a última ação de enfretamento na nossa
Cidade, é o grupo criado, chamado NOICA - do qual fazem parte a Delegacia da
Criança e do Adolescente, o Conselho Tutelar, o Ministério Público, o Conselho
Municipal de Direitos e vários órgãos da Cidade -, que está trabalhando,
justamente, no enfrentamento dos exploradores, dos traficantes, dos aliciadores
para poder fazer, realmente, o combate à drogadição na nossa Cidade.
Então, este Projeto – eu quero, mais uma
fez, referendar aqui -, encaminhado pelo Executivo, vem dentro de uma ação
complementar aos demais projetos já articulados. Se nós, Vereadores - eu tenho
presenciado, por diversas vezes, vários pronunciamentos nesta tribuna -,
estamos preocupados com a situação das crianças de rua de Porto Alegre, eu
gostaria que os nobres pares pudessem analisar, porque este Projeto vem ao
encontro, exatamente, das angústias e das ansiedades dos Vereadores desta Casa.
Muito obrigada pela tolerância, Sr. Presidente.
(Não revisto pela oradora.)
O
SR. ZÉ VALDIR: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, eu discuto o Projeto do Ver. Beto Moesch que dispõe sobre a
realização das feiras e exposições de animais domésticos, silvestres e
exóticos.
O Ver. Beto Moesch, que
tem-se demonstrado um Vereador extremamente diligente e preocupado com questões
importantes da nossa Cidade, toca num ponto fundamental, num problema
fundamental que é a proliferação de animais soltos, abandonados nas ruas da
nossa Cidade - o que não é um problema, evidentemente, só de Porto Alegre.
O Vereador faz uma ligação desse problema
com as chamadas feiras de filhotes, que são eventos realizados nos shopping, hipermercados e em outros
centros comerciais de nossa Cidade, promovidos por empresas que trazem animais,
inclusive, de outros Estados e fazem essas feiras que, na Inglaterra e nos
Estados Unidos, são chamadas de “fábricas de filhotes”. É um problema para o
qual a Organização Mundial de Saúde e a Sociedade Mundial para a Proteção dos
Animais propõem exatamente o controle da comercialização desses animais como
forma de solucionar o problema do abandono dos mesmos.
Na verdade, essas feiras são a primeira
etapa de todo o itinerário, que vai acabar com o animal sendo abandonado nas
ruas. Porque essas feiras, além do problema de serem realizadas em péssimas
condições de saúde e de higiene para os animais, as formas de exposição são
cruéis - os animais ficam cerca de doze horas seguidas, muitas vezes, sem água
e sem alimentação, para evitar que o animal suje o local da exposição -, às
vezes, em condições ambientais extremamente prejudiciais ao animal, como música
alta e constante, assim como o manuseio constante desses filhotes. Tudo isso,
além do problema que isso causa e da crueldade com o próprio animal, pois esses
animais, depois de algum tempo, são vendidos e as famílias, não tendo condições
de criá-los, os abandonam nas ruas ou, até, os exterminam.
O Vereador, inclusive, na sua
justificativa, apresenta alguns dados importantes. Por exemplo, em Porto Alegre
– diz ele -, hoje, o número de animais que são recolhidos pela Secretaria e que
são, depois, exterminados, está em torno de 500 por mês; e há um incremento de
35% a cada ano! Só no primeiro semestre de 2002, 4.017 animais foram recolhidos
ao canil público, sendo que desses, 981 animais - portanto, cerca de 25% -
foram recolhidos pelos próprios donos.
Então, o que é o Vereador propõe? Uma
regulamentação e um controle dessas feiras de animais, porque é onde o problema
começa. É um belo Projeto, de 30 artigos, cujo conteúdo, evidentemente, não
tive tempo, ainda, de analisar com profundidade, mas acredito que só pelo fato
de o Vereador propiciar a esta Casa um debate sobre este tema já é da maior
importância. Porque nós todos, quando andamos pela cidade de Porto Alegre,
principalmente pela periferia, nos deparamos com esse quadro assustador que é o
número de animais abandonados, causando sérios danos ao animal e à população em
geral.
Portanto, parabéns ao Ver. Beto Moesch
por nos oportunizar o debate desse tema, que é tão importante para a nossa
Cidade! Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Margarete
Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, neste momento de discussão de Pauta, eu queria-me referir a dois
Projetos de Resolução: o primeiro, de minha autoria, que confere o Prêmio
Lupicínio Rodrigues ao músico gaúcho Luis Vagner Lopes, de Bagé, e o segundo,
de autoria da companheira, da nossa querida Ver.ª Maristela Maffei, que concede
o Título Cidadão Emérito - a mais alta comenda desta Casa -, merecidamente, ao
artista Zé Victor Castiel.
Em se tratando do Luis Vagner, ele nasceu
em Bagé, morou em Santa Maria, em Porto Alegre, hoje é um nome reconhecido no
cenário nacional, no Rio de Janeiro e em São Paulo, como compositor, produtor,
arranjador, sempre mantendo uma coerência muito grande na pesquisa e no
desenvolvimento duma sonoridade afro-sul-reggae.
Luis Vagner, como eu falei, já editou quatro CDs e merece o reconhecimento da
Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
Mas eu queria me referir, neste momento,
ao Zé Victor Castiel - nessa belíssima idéia da Ver.ª Maristela Maffei -, o
qual dispensaria apresentações, porque tem um extenso currículo de militância,
de absoluta doação às artes na nossa Cidade. O Zé Victor pode ser reconhecido
como ator, diretor, produtor, divulgador, escritor, na TV, no cinema, no
teatro, e, também, em vídeos.
Neste tempo que me resta, eu gostaria de
citar alguns aspectos mínimos do seu currículo, Ver.ª Maristela, como em 1984,
quando ele começa no teatro com a peça Rasga Coração, do Vianninha - Oduvaldo
Vianna Filho -, com a direção de Nestor Monastério. Depois, o Zé Victor se
destaca como diretor e ator, em 1991, com a peça Esse Gordo é uma Bola. O Zé
Victor é sempre parceiro do Júlio Comte, também dramaturgo, ator e diretor. E
eu tive a oportunidade de assistir em Buenos Aires, em 1997, a peça O Marido do
Doutor Pompeu, quando ele representa o Luis Fernando Veríssimo - é um momento
iluminado do teatro gaúcho.
O Zé Victor Castiel trabalha como aquele
que faz a concepção de uma programação no Teatro da AMRIGS; ele conhece as
Artes Cênicas. E, na televisão, nós poderíamos citar, em 1986, aqui em Porto
Alegre, na RBSTV: Sul em Canto, com a Direção da Vera Zílio. Depois,
trabalhando com Guel Arraes e Jorge Furtado, os maiores diretores da Rede
Globo, no ano de 1993, em Dóris para Maiores; Incidente em Antares, em 1994, da
Rede Globo - que nós sabemos foi o último livro escrito por Érico Veríssimo; “O
Alienista”, (Caso Especial); apresentador do Programa Futura. Também é
importante citar, em 2000, “Laços de Família”, novela do Manoel Carlos, quando
ele foi um personagem com reconhecimento nacional. No cinema, seria impossível,
neste tempo, citar toda a obra do Zé Victor Castiel, e, na televisão, a sua
participação como ator na minissérie “A Casa das Sete Mulheres” que aconteceu
agora.
Com todo esse reconhecimento nacional, o
Zé Victor sempre manteve os vínculos, os laços com a sua terra, com o Rio
Grande do Sul. Também poderíamos citar a sua participação no filme “O
Quatrilho”, de reconhecimento nacional, e que concorreu ao Oscar. A Ver.ª
Maristela Maffei é muito feliz, tem muita sensibilidade e muita inteligência;
alguém que já homenageou Chico Buarque de Holanda, agora presta essa homenagem
que a Cidade quer dar a um dos nossos maiores atores, uma das pessoas mais
queridas da nossa Cidade, que eleva o nosso orgulho, a nossa auto-estima,
porque traduz a poética e a alma da nossa Cidade.
Portanto, assino embaixo, e seria
impossível citarmos todo esse currículo, pois, além de tudo, o Zé é escritor.
Ele lançou, na Feira do Livro, há uns dois anos, “A Morte do Clóvis” e “Outras
Historinhas de Teatro” em que, com muito humor e muito rigor, conta histórias
do teatro, histórias dos bastidores, histórias dos seus amigos e, inclusive,
sua própria história. Portanto, parabéns, Ver.ª Maristela Maffei. Muito
obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Havendo quórum,
passamos à
Apregôo a Emenda nº 01 ao Processo nº
3335/03, PLE nº 030/03. A Emenda diz o seguinte: (Lê.) “Após ‘picolés
industrializados’, acrescentar ‘cartões telefônicos indutivos e celulares’”. A
Emenda é do Ver. Marcelo Danéris.
Eu solicito às Lideranças que definam o
que deve ser votado na Ordem do Dia.
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 16h47min.)
O
SR. PRESIDENTE(João Antonio Dib – às 16h55min):
Estão reabertos os trabalhos.
O
SR. CLÁUDIO SEBENELO (Requerimento): Sr. Presidente, houve
consenso entre os Srs. Vereadores, para que a ordem de votação seja a seguinte:
PLE nº 030/03, que é a continuação da discussão da última Sessão, que foi
apresentado pelo Ver. Luiz Braz; PLL nº 017/02; PLE nº 002/03; PLE nº 013/03;
PLL nº 126/03; PLL nº 127/03; PLL nº 130/03; PLL nº 148/03: PLL nº 199/03; PR
nº 063/03; PLL nº 108/01.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, solicitando alteração na
ordem de votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passamos, portanto, ao primeiro Projeto.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 3335/03 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 030/03, que altera o § 1.º do
art. 1º da Lei Municipal n.º 3.397, de 2 de julho de 1970, que disciplina o
comércio de jornais e revistas nas vias públicas e outros logradouros públicos
e dá outras providências.
Parecer:
- da
CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em
25-09-03;
- discutiram a matéria, em 25-09-03, os Vereadores S.Melo e
L.Braz.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLE nº
030/03. Os Vereadores Sebastião Melo e Luiz Braz já discutiram essa matéria.
(Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) O Ver. Luiz Braz está com
a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 030/03.
O
SR. LUIZ BRAZ: Ver. João Dib, Presidente desta Casa,
Senhores Vereadores, Senhoras Vereadoras, senhoras e senhores, eu quero saudar
aqui a presença do Presidente do Sindicato dos Jornaleiros da nossa Cidade, o
meu amigo Ernesto, e também do Antônio Nolasco, que faz parte do Sindicato e
que está também aqui prestigiando este ato. Quero saudar a todos os
jornaleiros, porque, amanhã, dia 30 de setembro, é Dia Nacional dos
Jornaleiros. Este Projeto foi construído a quatro mãos. Nós estivemos
juntamente com o Vereador Adeli Sell, hoje Secretário Municipal da Produção,
Indústria e Comércio, e com o Presidente do Sindicato dos Jornaleiros,
discutindo as possibilidades de este Projeto tramitar e poder passar com essa
celeridade, para homenagearmos essa classe que é sofrida, que é difusora de
cultura e que espera que os segmentos, todos aqui representados nesta Casa,
possam apoiá-la para reunir melhores condições para a realização de seu
trabalho. O que pedem, Ver. Haroldo de Souza, V. Exa. que também é um dos
grandes comunicadores aqui desta terra, os nossos amigos jornaleiros, que são
difusores de cultura? Eles pedem que, aos artigos que eles podem hoje vender,
Ver. Sebastião Melo – meu amigo Sebastião Melo, um dos grandes Vereadores desta
Casa - possam ser acrescidos dois outros produtos: refrigerantes e picolés.
Esses produtos vão dar para os jornaleiros uma possibilidade a mais para que
eles possam aumentar a sua renda e conseguem, de alguma forma, fazer frente às
grandes dificuldades que todos eles enfrentam.
O Ver. Marcelo Danéris acrescenta mais
uma Emenda ao Projeto. É uma Emenda que vem apenas fazer uma correção no texto
original, porque o texto original já deveria conter os cartões telefônicos
indutivos e celulares, que hoje já são vendidos normalmente pelos jornaleiros.
Nós não estamos incluindo a Emenda do Ver. Marcelo Danéris, aumentando o número
de produtos que podem ser vendidos pelos jornaleiros; nós estamos apenas
colocando em lei produtos que eles já vendem normalmente em suas bancas,
reconhecidos pelo Sindicato da Indústria e Comércio, reconhecidos por toda a
população, por todos os setores da sociedade.
Então, o que é acrescido realmente aqui é
apenas o picolé e o refrigerante. É a única coisa que se pede que esta Casa
aprove, numa Legislação que vem...
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, eu
quero interromper o tempo de V. Exa. por um segundo. Por favor, a Diretoria
Legislativa distribuiu a Emenda que está...? (Pausa.) Muito obrigado, Vereador,
desculpe.
O
SR. LUIZ BRAZ: Eu acredito que, se os Vereadores não
receberam a Emenda... É uma Emenda – se me permite o Ver. João Antonio Dib,
Presidente da Casa – de autoria do Ver. Marcelo Danéris, que vem apenas
atualizar o texto em que há essa omissão. Quando foi elaborada a Emenda,
faltaram esses itens, que não são itens que nós estamos acrescentando aos
produtos a serem vendidos pelos jornaleiros; são itens que já são vendidos
normalmente pelos jornaleiros, mas que faltavam no texto do Projeto que foi
mandado aqui para esta Casa pelo Executivo Municipal.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Emenda está no
Processo. Por favor, Ver. Luiz Braz, leia. E peço à Diretoria Legislativa que
distribua a Emenda.
O
SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Já que é uma Emenda
muito simples, eu pediria para os Srs. Vereadores que, por favor, ouvissem a
leitura, a fim de que a gente pudesse votar esta matéria mesmo sem a
distribuição da Emenda, porque ela é uma Emenda tão simples! Ela diz apenas
assim: “Após ‘picolés industrializados’, acrescentar ‘cartões telefônicos
indutivos e celulares’”. É só isso que diz a Emenda. É para podermos colocar no
texto “cartões telefônicos indutivos e celulares”, que são produtos já vendidos
hoje pelos jornaleiros; eles não estão sendo acrescentados a produtos vendidos
por jornaleiros. Então, a única coisa que diz a Emenda, que é assinada pelo meu
amigo Ver. Marcelo Danéris, é exatamente isso: “Após picolés
industrializados...” - os últimos produtos anunciados no Projeto mandado para
esta Casa pelo Executivo Municipal - que se acrescente “cartões telefônicos
indutivos e celulares”.
(Soa a campainha.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): É para marcar o tempo de V. Exa.
O
SR. LUIZ BRAZ: Muito obrigado, Sr. Presidente.
Se há um acréscimo, esse acréscimo diz
respeito apenas aos picolés e aos refrigerantes; é o único aumento de produtos
que está sendo solicitado pelo Sindicato da categoria e que vai ser votado
hoje, aqui neste plenário. Esse acréscimo é solicitado apenas com relação a
picolés e refrigerantes, e nós queremos, mais uma vez, desejar que o Dia
Nacional dos Jornaleiros possa transcorrer com muita festa em todas as bancas
de revistas e jornais desta Cidade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, eu tenho acompanhado com
atenção o pronunciamento do Ver. Luiz Braz, que pediu que este Projeto viesse
para a Ordem do Dia. É preciso clarear, porque o Ver. Luiz Braz está dizendo
que está agregando à Lei 3.997 apenas os “picolés”. Não é isso; há
uma série de outros produtos, que até então não apareciam - é preciso clarear
essa matéria. Não está claro isso, porque o Ver. Luiz Braz não foi feliz na sua
colocação. Até acho que vou votar a favor da matéria, porém a Lei diz no § 1º
que alguns produtos, até cartão de Ano-Novo, Natal, etc., e a partir dali
agrega uma série de outros produtos - não é só picolé -: vem aparelho de
barbear, vem isso, vem aquilo, uma série de outros produtos.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, acolho
a manifestação de V. Exa. Não é uma Questão de Ordem, mas V. Exa. terá tempo na
tribuna de fazer o seu posicionamento, o que é absolutamente correto.
O
SR. LUIZ BRAZ: Ver. João Antonio Dib, só para esclarecer
aos companheiros e ao Ver. Sebastião Melo. Todos os produtos que estão
nominados, relacionados nesse Projeto de Lei já são vendidos nas bancas de
revistas e jornais. Os únicos produtos que ainda não são vendidos nas bancas de
revistas e jornais, acrescidos, são picolés e refrigerantes.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, o Ver.
Sebastião Melo fez uma comparação entre os dois textos, e há uma diferença, que
será explicada, sem nenhum problema. De qualquer forma, no encaminhamento nós
chegaremos à solução correta.
O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a
palavra para encaminhar a votação do PLE nº 030/03.
O
SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, esse Projeto do Governo Municipal é uma demanda antiga do pessoal
que trabalha nas bancas de revistas em nossa Cidade.
Eu quero fazer algumas exposições em
relação à fala do Ver. Luiz Braz. Primeiro nós temos que entender a natureza
das bancas de revistas: a atividade-fim é vender jornais e revistas. Agora, eu
pergunto para os senhores e senhoras: hoje, nos postos de combustíveis, qual é
a natureza-fim? É vender gasolina. Mas lá há uma loja de conveniências que
vende outros produtos. O mesmo enfoque eu dou aqui: alguém, quando se dirige a
uma banca para comprar um jornal ou um periódico, lá havendo um outro produto
desses, vai adquirir ali. E são produtos que não perturbam, não desregulamentam
em nada o comércio local.
Eu vou ler o que o Projeto está propondo:
(Lê.) “Nas bancas, em estantes e grades metálicas, é permitida a venda de
livros, cartões-postais de Páscoa, Natal e Ano-Novo, aparelhos de barbear,
filmes fotográficos, cigarros, pilhas, isqueiros, gomas-de-mascar, canetas,
biscoitos e salgadinhos industrializados, refrigerantes não-fracionados ou em
copos e picolés industrializados, desde que sua estrutura seja compatível com
as determinações legais e capaz de abrigar o respectivo equipamento de
refrigeração, sem que para isso seja utilizada a via ou logradouro público”. O
Ver. Luiz Braz disse que isso aí vai dar um acréscimo; pode dar um acréscimo,
mas eu quero voltar a dizer que não vai ferir em nada as principais atividades
das bancas de revistas, que são: vender jornais, vender as revistas e
periódicos. São coisas simples que, às vezes, a pessoa não vai sair da casa
para comprar, como por exemplo, um biscoitinho, mas nada a impede que, ao comprar
um livro ou uma revista, ela adquira, naquele local, um desses produtos.
Portanto, em nome do nosso Partido, o Partido Socialista Brasileiro, nós
encaminhamos favoravelmente esse Projeto do Executivo, que vem, na realidade,
regulamentar algo que já existe de fato e que agora passa a ser de direito no
Município de Porto Alegre.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Raul Carrion
está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 030/03.
O
SR. RAUL CARRION: Exmo. Ver. João Dib, Presidente dos
trabalhos; demais Vereadoras, Vereadores, todos os que nos assistem e
acompanham no dia de hoje, nós possivelmente não usaremos os 5 minutos, mas
fizemos questão de vir aqui, em representação do PCdoB, para dizer, Ver.
Goulart, que esse é um Projeto extremamente meritório do nosso Executivo. E
temos certeza de que todos os Vereadores o apoiarão pelo seu mérito. Em
primeiro lugar, porque, nesse Projeto, o maior benefício é para a população. A
capilaridade que as bancas de revistas e de jornais têm na Cidade é enorme;
permite à população o acesso, muitas vezes, em horários em que outros comércios
não estão funcionando, perto da sua casa, a esses bens simples e de uso comum.
Quem viaja pelo mundo percebe e conhece que exatamente nas bancas de jornais,
de revistas, esses produtos são disponibilizados. É de praxe em todo o mundo.
Em segundo lugar, os dados do IBGE nos
mostram o grande papel que a micro e a pequena empresa têm na oferta de
empregos. Em 1965, as micro e pequenas empresas ocupavam 50,7% dos empregos.
Hoje, 60,8% dos empregos decorrem das micro e pequenas empresas, que é o caso
desses pequenos negócios que estão sendo contemplados com essa medida. Então,
os bens aqui oferecidos são compatíveis com essa realidade, por isso a Bancada
do PCdoB parabeniza o Executivo e votará a favor. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Pedro Américo
Leal está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 030/03.
O
SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, este é
um Projeto que me causa surpresas. Senão vejamos: é um Projeto do Executivo, e
teve como Relator o ilustre Ver. Reginaldo Pujol, e como inflamado
incentivador, propugnador para que a idéia seja vitoriosa, nada mais, nada
menos do que o Ver. Luiz Braz, profundo adversário do PT. Não entendo. É claro
que o Projeto de Lei, pela transcrição do Projeto no texto sofreu o
adicionamento de refrigerantes e picolés industrializados. Tudo o que está
elencado no texto do Decreto já existe, mas me causa surpresa. É claro que dia
30 é o dia do aniversário nacional do jornaleiro. Tenho muita simpatia pelos
jornaleiros, vou confessar que tenho sempre balas no meu carro, e sempre dou
balas a estes homens que entregam jornais e rosas. É uma característica que me
acompanha há mais de 30 anos. Então, de minha parte, V. Exa. só tem simpatias.
Mas estranho essa adesão de V. Exa. ao
PT. V. Exa., de repente, parece com Dartagnan, Portos e Atos, mosqueteiros do
Rei, a defender uma idéia do PT. V. Exa. está encabulado, desajeitado; eu
compreendo. Mas se coloque na minha situação, V. Exa. também não ficaria
espantado? Não sei. V. Exa. está encaminhando favoravelmente um Projeto do
Executivo. Tudo pode acontecer!
Ora, vejam só o que está ocorrendo na
Casa!
Agora, não sei por que V. Exa. se inflama
assim, de repente. É coisa que me causa espanto. Por que é que V. Exa. veio à
tribuna encaminhar um Projeto do Executivo sobre jornaleiros, adicionando
refrigerantes e picolés a um elenco de coisas que não precisam ser ditas se
tudo já existe como lei?
E Ver. Sebastião Melo, até
tomei a liberdade de ter dito a ele que não fizesse o pedido de cinco dias;
fizesse apenas de um dia. E ele, prontamente, acedeu a tudo pelo aniversário.
Tenho simpatias pelo Projeto. Os
jornaleiros são pessoas humildes, que trabalham de noite, trabalham de dia.
Agora, V. Exa. é que me causa espanto!
V. Exa., guardião do rei, de espada em
punho, defendendo um Projeto de Lei do Executivo!
Ora, vejam só, Vereador! V. Exa. chegou a
pedir o artigo 81! Foi V. Exa. quem pediu o art. 81! O art. 81 foi pedido por
V. Exa., que transformação V. Exa. tem, ou sofre agora? Não sei. Não encabule,
por favor! De qualquer maneira, esse colóquio que V. Exa. tem com o Líder do
PT, Ver. Marcelo Danéris, me responde a dúvida: V. Exa. aderiu momentaneamente
ao PT!
(Revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Wilton Araújo
está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 030/03.
O
SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, saudamos
a assistência, em especial o amigo Ernesto, Presidente do Sindicato, gostaria
de trazer a esta tribuna, Ver. Pedro Américo Leal, um esclarecimento no sentido
de que quando o Executivo traz propostas boas, propostas em que as categorias,
a Cidade, a comunidade vai sair ganhando, vai ter um ganho real, vai assegurar
direitos que essa comunidade têm, quando isso acontece, não existe, Ver. Pedro
Américo Leal, dificuldade para Vereadores que normalmente estão no lado
oposicionista, porque querem ver esta Cidade melhor, estar juntos e
congraçarem-se com o Executivo e com a Bancada Governista para trazer um bom
projeto para a Cidade.
Eu vejo que V. Exa., às vezes, tem
dificuldades, nesse caso específico, de ver o Ver. Luiz Braz na posição de
defensor deste Projeto. Mas eu também estou defendendo este Projeto, Ver. Pedro
Américo Leal, porque tenho, há tempo, a história da minha vida e antes de mim,
a história do meu pai, Vereador desta Casa, em 1980, que fazia Projeto de Lei e
o via aprovar projeto que limitava as bancas, Ver. Isaac Ainhorn, limitava o
número ou dava normas para o Centro da Cidade. E mais do que isso: permitia que
essas bancas fossem transmitidas para os herdeiros daqueles proprietários das
bancas, tamanha a relação que eu tenho com esse Sindicato. Por isso vejo com
bons olhos esse trabalho em conjunto do Executivo com as Bancadas desta Casa. O
Projeto assegura, Ver. Isaac Ainhorn, o que o então Prefeito Collares colocou
em Decreto, e até hoje é assim vendido, baseado nesse Decreto, Ver. Dr.
Goulart.
O que nós estamos fazendo agora, em boa
hora, é trazer esses produtos para o texto da lei, garantindo, assegurando a
continuidade da venda desses produtos. Então nada mais é do que a manutenção de
um bom serviço para a Cidade. E eu trago a posição da Bancada, Ver. Luiz Braz e
Vereadores desta Casa: a posição da Bancada do PPS é de apoio irrestrito ao
Projeto, e à Emenda do Ver. Marcelo Danéris, que também vem somar, completando
o rol de produtos que podem ser comercializados. Existem outras coisas sobre as
quais o Executivo também poderia se debruçar e começar a trabalhar com a
comunidade, com o Sindicato e outros segmentos da sociedade em vários lugares
do País, e em especial fora do País. Nós temos conhecimento, e vimos que esses
serviços poderiam ser mais bem prestados ainda, com bancas em que haja conforto
à comunidade não só para o livreiro, aquele que vende os jornais, mas também
para a comunidade. Temos vários exemplos no Centro e em outras áreas da Cidade
em que é vontade daquele que é o proprietário de ampliar esses espaços para
servir melhor.
A partir do momento em que há um
entendimento, me parece aqui, tanto da oposição quanto da situação, poderia vir
em boa hora um estudo, um reestudo, uma conversa em que a Câmara Municipal, o
Sindicato e a Prefeitura poderiam estar juntos, para ver de que forma melhorar
ainda mais esse serviço que é bem prestado. Eu vejo que este seria um bom
momento. Oxalá o Prefeito João Verle tenha, também, esse entendimento e comece
a desenvolver, a partir dessa unanimidade, essas conversas, para que tenhamos
melhores e mais bancas na cidade de Porto Alegre, refazendo e deixando esse
serviço cada vez melhor. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Haroldo de
Souza está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 030/03.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, seguidamente as coisas acontecem na Casa do jeito que eu penso.
Ver. Pedro Américo Leal eu também acho estranho o PSDB buscando aí um Projeto
do PT, defendendo esse Projeto e tal, mas eu acho que isso é normal. Eu acho
que deveria ser assim. Eu vivo pregando e dizendo que na política nós
deveríamos primeiro fazer a política social e depois a política partidária. E é
exatamente isso que quando eu falo as pessoas dizem: “Não, isso não é
possível”. Só que na prática, estamos aqui. Neste exato momento, o Ver. Luiz
Braz, que segura este Projeto, que é do PT, conversa com o Líder do Governo,
Marcelo Danéris. Acho isso absolutamente normal e gostaria que as coisas fossem
assim, mas em todos. Não como aconteceu comigo aqui, na história do restaurante
popular, em que o hoje Deputado Estilac Xavier me chamou em um canto e disse:
“Se você abrir o Projeto do restaurante popular com o Ver. Oliboni, eu ligo
para o Prefeito agora e ele realiza”. Quer dizer, esse tipo de sacanagem, não!
Agora, com esses acordos e entendimentos...
O Projeto é bom. É evidente que nós vamos
votar a favor, para que as bancas possam vender, sim, refrigerantes e picolés.
Qual é a justificativa que eu tenho para isso? É que por andar muito pela
Europa, seguidamente, com o futebol, nas grandes capitais do mundo, as bancas
de jornais já têm esse atendimento: aparelho de barbear, filme fotográfico,
cigarro, pilha, isqueiro, caneta, biscoito e agora refrigerante e picolé. Com
toda a certeza, vamos votar a favor. Gastei 2 minutos e 20 segundos. Eu acho
que seriam suficientes 2 minutos e meio, 3 minutos para se encaminhar um
Projeto que todo mundo sabe que vamos votar a favor.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Marcelo Danéris
está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 030/03.
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib,
Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, Ver. Pedro Américo Leal, nós já fizemos
vários projetos aqui em conjunto com a oposição, que são bons para Porto
Alegre, com o Ver. Pedro Américo Leal, com o Ver. Dr. Goulart, com o Ver.
Wilton Araújo, com o Ver. Sebastião Melo, com o Ver. Cláudio Sebenelo, com o
Ver. Luiz Braz. Segunda vez, Ver. Luiz Braz, no ano passado, num importante
Projeto para Porto Alegre, que nem é do Executivo, que se tratava da iluminação
pública de Porto Alegre, ajudou para que nós aprovássemos aqui um Projeto sobre
a troca da iluminação pública de Porto Alegre, o Reluz, inclusive com uma
sugestão de fazer - com o que o Governo também está comprometido - um plano
diretor sobre iluminação pública.
Mas esse Projeto, em
especial, Ver. Luiz Braz e Ver. Pedro Américo Leal, o Ver. Luiz Braz já tratava
com o Ver. Adeli Sell, quando este era Vereador aqui antes de assumir a
Secretaria de Indústria e Comércio. Era um trabalho conjunto dos dois
Vereadores e que resultou nesse Projeto do Executivo, que não é nada de mais, a
não ser uma situação mais do que justa do que os vendedores de jornais, as
bancas de revistas possam vender, também, outros produtos que, em alguns casos,
já vendem e que precisam ser legalizados. Como é o caso, também, do cartão
telefônico para celular e do cartão do famoso orelhão, que possui um nome
técnico que eu não me recordo agora, mas é um cartão para o orelhão, e houve
uma Emenda deste Vereador, obviamente também orientado pelo Executivo, no
sentido de que era importante legalizar a situação das bancas de revista que
vendem cartões telefônicos para celular e para orelhão. Junto com isso há a
situação do picolé, do refrigerante e assim por diante.
Nós, desde a semana passada, tentamos
votar esse Projeto, exatamente por conta do dia de amanhã, que comemora o dia de
todos os vendedores de jornais e, em especial, o das bancas de revista. E a
idéia é que a gente possa aprovar o Projeto hoje e aprovar também a Emenda, o
que coloca as bancas de revista, em especial, numa situação legal, no que se
refere, principalmente, à questão dos cartões telefônicos, visto que já
realizam a venda, mas não têm na composição legal, as várias leis, a citação do
cartão telefônico, o que poderia causar problema para as bancas de revistas, no
futuro.
Esse trabalho conjunto beneficia um setor
que tem um trabalho importante junto à Cidade, que são as bancas de revistas,
que prestam esse serviço na Cidade, que possuem uma grande qualidade, é bom
registrar isso, as bancas de revista de Porto Alegre estão se qualificando, a
Cidade fica bonita. Esse é um importante trabalho e nós realizamos um trabalho
conjuntamente, até com o Ver. Luiz Braz, que é um oposicionista ferrenho, mas
que sabe também distinguir projetos importantes para a Cidade, assim como a
Bancada da situação também já aprovou vários projetos da oposição, quando esses
projetos são importantes para Porto Alegre. Aprovamos, por exemplo, agora há
pouco, um Projeto do Ver. Beto Moesch que tratava das canaletas para o
escoamento da água da chuva, que teve um Veto, inclusive, e nós negociamos e
conseguimos derrubar o Veto e manter a aprovação do Projeto com alguns ajustes
que faremos juntos, mas isso acontece tanto de parte da oposição com a
situação, quanto da situação com a oposição. São projetos importantes para a
Cidade, nós não vamos fugir desses debates, somos Vereadores e Vereadoras aqui
para debater assuntos importantes para a Cidade.
Hoje estamos debatendo a questão das
bancas de revistas, mas teremos outros debates aqui que envolvem projetos tanto
da oposição, quanto da situação, ou do Executivo, ou de iniciativa popular.
Então, esse é o papel do Vereador. Nós achamos que é correto, estamos
orientando a aprovação deste Projeto e a aprovação da Emenda deste Vereador
para o Projeto do Executivo que trata da ampliação de produtos vendidos pelas
bancas de revistas em Porto Alegre. Essa é a orientação e o encaminhamento da
Bancada do Partido dos Trabalhadores. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Pedro Américo Leal, o PLE nº 030/03. (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 23 votos SIM.
Em votação a Emenda nº 01, ao PLE nº
030/03, de autoria do Ver. Marcelo Danéris. A Emenda diz: “Após picolés
industrializados, acrescentar cartões telefônicos, indutivos e celulares”.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 0468/02 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 017/02, de autoria do
Ver. Dr. Goulart, que autoriza o
estabelecimento de Permissão de Uso à Associação Beneficente Amigos de Belém
Novo, de parte da área registrada sob o n.º 60353 do Registro de Imóveis da 3.ª
Zona.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 02-04-03.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº
017/02. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada
pelo Ver. Marcelo Danéris. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 14 votos SIM e 10 votos NÃO.
O
SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, apesar
de ser um Projeto autorizativo, ele dispõe sobre bens públicos e, nesse caso,
consulto à Mesa se não haveria necessidade de 17 votos.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Não, não tem maioria.
O
SR. JUAREZ PINHEIRO: A possibilidade de alienação de imóveis
depende sempre que tenha maioria absoluta. Nesse caso, é uma permissão, e
apenas consulto à Mesa se, com fundamento, não exige maioria absoluta.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Não, está autorizando
o Prefeito a fazer uma permissão e eu, se quisesse, proporia comodato, que
seria o correto e não permissão, mas, de qualquer forma, o Plenário é soberano
e eu não faço nada diferente.
O
SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, não se trata de o
Plenário ser soberano ou não; estou falando em quórum.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Eu estou dizendo a V.
Exa. que a forma correta seria de comodato, e permissão é um ato do qual o
Prefeito faz uso de forma discriminada. Se fosse concessão, nós teríamos
necessidade de maioria absoluta.
O
SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Sr. Presidente, apenas
para esclarecer que há um dispositivo legal no sentido de que permissão e
convênios são feitas por maioria simples.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Foi o que a Mesa já
colocou. Muito obrigado, Vereador.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 0538/03 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 002/03, que dá nova redação ao
caput do artigo 1.º da Lei 8.499, de 22 de maio de 2000, que autorizou a
alienação de próprio municipal localizado na Rua Freire Alemão, esquina Rua
Tito Lívio Zambecari.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Darci Campani: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1.º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 11-08-03.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLE nº
002/03. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) O Ver. Sebastião
Melo está com a palavra para encaminhar a votação.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, trata-se da alienação de uma nesga de terra
que, na verdade, foi fruto de uma lei anterior. Apenas venho a esta tribuna
para dizer, evidentemente, que é uma área pequena, mas, pelo que se depreende
desse pedido, deve ter havido um problema de fiscalização da SMOV. Alguém
ocupou um espaço que não deveria ocupar no processo fiscalizatório. Nós
gostaríamos que alguém do Governo - e faço essa provocação - pudesse nos ajudar
a clarear essa questão, porque houve uma lei de 2000 que autorizou a alienação
desse imóvel. Se há uma lei anterior, essa lei deveria ter contemplado no seu
conjunto essa alienação. Se houve a alienação, alguém ocupou o espaço indevido
e agora, então, estamos alienando. Foi um erro de quem? É um recuo de três
metros de um lado e quatro metros do outro. Nós, na verdade, Ver. Pedro Américo
Leal, gostaríamos de saber da origem desse Processo, porque, em si, é de
alienação de uma área pequena, porém é resultante de um processo que vem de
2000. Não tive a oportunidade, até porque veio à votação neste momento, de
buscar essa outra lei que deu origem, que é a lei que consta nos autos. Tenho
apenas essa dúvida que gostaria de clarear; evidentemente que se alguém do
Governo entende dessa matéria, que a clareie, porque se trata da complementação
de alienação anterior de uma área bem maior do que essa. Diz a ementa do
Processo: “Dá nova redação ao caput do artigo 1º, da Lei nº 8.499, de 22 de
maio de 2000, que autorizou a alienação de próprio municipal localizado na Rua
Freire Alemão, esquina Rua Tito Lívio Zambecari”. Ou seja, o que agora estão
alienando é uma fatia de um bem que já foi alienado, já foi autorizada a venda
lá em 2000. Então, há um problema administrativo aqui ou um problema de erro e
gostaria apenas de saber mais detalhadamente essa questão. Evidentemente,
trata-se de uma área pequena, são poucos metros quadrados, mas, na verdade, a
isso cabe – segundo a minha avaliação – uma discussão dessa relação que vem
dessa outra alienação que deu origem a esse Processo. É o que queria colocar -
e talvez eu pudesse, se a nossa Diretoria Legislativa assim puder, eu faço o
pedido para requisitar a Lei que deu origem: Lei nº 8.499, de 22 de maio de
2000.
Se V. Exa. puder fazer essa gentileza, eu
ficaria grato. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, a Mesa
deseja esclarecer que é apenas uma questão de informalidade: a desapropriação é
de 2 metros e 48 decímetros quadrados. O que aconteceu é que na primeira lei
não foi solicitada a desafetação, e, não tendo sido desafetada, na hora de
fazer a escritura, não era possível. Mas a área é a mesma, não há alteração na
área.
Em votação o PLE nº 002/03. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade, com abstenção do Ver. Sebastião Melo.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 0941/03 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 013/03, que autoriza a
alienação de imóvel sito na Rua Alberto Viana Rosa, Lote n.º 11, da Quadra 6,
matrícula n.º 67.389 do Registro de Imóveis da 3.ª Zona de Porto Alegre, e dá
outras providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relatora
Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Aldacir Oliboni: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1.º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 03-09-03.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em
discussão o PLE nº 013/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 17 votos SIM, 05 votos NÃO.
O
SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu
apenas quero registrar que passaram-se 01min54seg quando entrou esse 17º voto,
portanto, acima daquilo que determina o Regimento.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, eu
agradeço pela observação de V. Exa., mas fica um pouco difícil eu olhar para
trás, já que aqui não registra, mas eu não acho que tenha havido nada de mais,
porque ninguém foi discutir, ninguém encaminhou, então, eu não entendo mais
nada.
O
SR. ZÉ VALDIR (Questão de Ordem): Sr. Presidente, na
votação do PLE nº 013/03, eu ouvi V. Exa. falar em 05 votos “Não”; na verdade,
foram 05 “Abstenções”.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Sim, foram 05
“Abstenções”. Se eu falei 05 votos “Não”, me perdoe. Proclamo o resultado da
votação do PLE nº 013/03: APROVADO por
17 votos SIM, 05 ABSTENÇÕES.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 2653/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 126/03, de autoria da
Ver.ª Maria Celeste, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre
ao Senhor Manoel Quadros.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros
da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento
da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 29-09-03.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº
126/03, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que concede o título honorífico de
Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Manoel Quadros. (Pausa.) Não há quem queira
discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 2664/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 127/03, de autoria do
Ver. Cláudio Sebenelo, que denomina Praça Carlos Stechman um logradouro público
cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol:
pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 29-09-03.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº
127/03, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que denomina Praça Carlos Stechman
um logradouro público. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os. Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 2716/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 130/03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Delmar Kuhn um logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 6223, CTM 8363277.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol:
pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 29-09-03.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº
130/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina a Rua Delmar Kuhn um
logradouro público. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.)
Os. Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 2931/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 148/03, de autoria do
Ver. Darci Campani, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre
ao Senhor Iván Antonio Izquierdo.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros
da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento
da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 29-09-03.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº
148/03, de autoria do Ver. Darci Campani, que concede o título honorífico de
Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Iván Antonio Izquierdo. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 3617/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 199/03, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto
Alegre ao Senhor João Mano José.
Pareceres:
- da
CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros
da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento
da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 29-09-03.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em
discussão o PLL nº 199/03, de autoria deste Vereador, que concede título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Mano José, e, por ser de minha
autoria, passo a presidência dos trabalhos ao Ver. Elói Guimarães. (Pausa.)
(O Ver. Elói Guimarães assume a
presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não há quem queira
discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 22 votos SIM.
Passo a presidência ao seu titular, Ver.
João Antonio Dib.
(O Ver. João Antonio Dib assume a
presidência dos trabalhos.)
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 3587/03 –
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 063/03, de autoria do Ver.
João Bosco Vaz, que concede o Prêmio Mérito Sindical ao Líder Sindical Cláudio
Luiz Corrêa da Silva.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 29-09-03.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR nº
063/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Eram esses os Projetos designados pelas
Lideranças para que fossem votados na Ordem do Dia.
Cumprida a parte determinada para a Ordem
do Dia, visivelmente não há quórum.
Eu convido os Srs. Vereadores,
especialmente as Lideranças, para estarem, amanhã, às 18 horas, na sala da
Presidência, para recebermos S. Exa., o Sr. Prefeito, com o Orçamento para o
ano de 2004.
A Mesa avisa às Lideranças e a todos os
Vereadores que, na quarta-feira, às 15 horas, apresentará a Comissão Especial
que vai tratar do Plano Diretor. O Presidente da Comissão falará por 2 minutos,
e cada Bancada também terá 2 minutos para expressar a sua opinião. As entidades
terão 5 minutos, depois, para fazerem as suas exposições.
Amanhã, às 19h, haverá Sessão Solene,
pela passagem dos 100 anos dos capuchinhos em Porto Alegre, e aí faz-me pensar
na figura extraordinária do Frei Pacífico de Belevot.
O
SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu
quero apenas registrar aqui um episódio. Coisas como estas não contribuem para
as nossas relações em plenário. A Bancada do PMDB foi consultada sobre a pauta.
Eu incluí um Projeto de minha autoria e, portanto, deleguei essa procuração a
quem me procurou, que foi o Ver. Cláudio Sebenelo. Para minha surpresa, os
outros projetos foram votados e o de nossa autoria não foi incluído. Então, eu
quero deixar registrado o nosso protesto e dizer que esse tipo de procedimento
nos afasta de uma boa relação, não com V. Excelência.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Vereador, eu quero
dizer que eu votei os projetos que me deram.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Mas nós vamos aprofundar isso aqui.
Quero dizer que a nossa Bancada vai ser muito atenta e vai ter dificuldade em
fazer acordo aqui, neste plenário, a partir de agora. Se nós não temos maioria,
nós temos a condição de criar dificuldades aqui.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, a
Mesa pede desculpas a V. Exa., ainda que não tenha culpa, mas, na próxima
Sessão, deverá ser colocado, em primeiro lugar, o Projeto de V. Exa., para que
se diminua, em parte, o que aqui ocorreu, mas eu não tinha conhecimento.
O
SR. CLÁUDIO SEBENELO (Questão de Ordem): Eu queria ouvir
o Partido dos Trabalhadores, porque realmente nós podemos combinar para que, na
próxima Sessão, o primeiro Projeto a ser votado seria o PLL nº 108/01, do Ver.
Sebastião Melo.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Ver. Sebastião Melo,
eu creio que isso corrige a falha havida, ou seja, se for votado o seu Projeto
em primeiro lugar na próxima quarta-feira?
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Sim.
O
SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Ótimo. Estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h57min.)
*
* * * *